por Matheus Soares
Nesse período eleitoral passamos por uma polarização da campanha eleitoral presidencial, de um lado temos a mulher considerada braço direito do presidente Lula, Dilma Rousseff, do outro lado todo o resto. Dilma, no meio evangélico é considerada a real representante do mal e das chamas do inferno, tendo como vice o maior satanista do país – segundo profetas apócrifos. E no restante temos o questionável José Serra e a evangélica que os evangélicos não apóiam Marina Silva.
Semelhanças entre Dilma e Barrabás
Podemos comparar, com muitas semelhanças, a presidenciável do PT com o líder revolucionário e assassino Barrabás. Ambos lutaram contra ditaduras, ambos eram líderes influentes em seus guetos, ambos não viam problemas em apelar às armas e aos atos terroristas, ambos foram diretos responsáveis por homicídios.
As semelhanças não param por aí, pois ambos os povos, Israelitas e Brasileiros viviam oprimidos pela miséria e pelo domínio econômico de impérios, ambos os povos já estavam cansados de governantes que ignoravam os miseráveis, e tanto Dilma como Barrabás surgiram como expoentes para a libertação. Barrabás foi amparado pelos sumos-sacerdotes de Israel, e Dilma é amparada pela religião Lulística instituída por todo o Brasil.
Tanto Dilma quanto Barrabás não se importavam em quão espúrias suas alianças poderiam ser, Anás, Caifás, Collor, Jader, Sarney, o que precisavam era alcançar o poder.
E quem é semelhante a Jesus?
Se Dilma está do lado demoníaco, quem poderíamos associar a pessoa de Jesus? José Serra do partido que tem como solução vender o Brasil para o capital estrangeiro? A figura controversa do tucano causa repulsa na população pois não tem o apelo emocional do Partido dos Trabalhadores, mas sim uma imagem ligada à Burguesia. O fato é que José Serra tem pouca identificação com o povo e com a massa carente que almeja apenas o pão diário, e ainda possui suas alianças controversas e posições que apenas almejam agradar a todos para alcançar o poder. Marina Silva seria o contraponto: evangélica, íntegra, com passado político atuante e relevante, tendo uma história de vida notável tendo nascido numa "colocação" no Acre, alfabetizada aos dezesseis anos e sendo a mais nova senadora eleita, aos trinta e seis anos, na história do país. Marina seria uma boa representante de Cristo não fossem seus discursos de sustentabilidade ininteligíveis pela população menos instruída, com suas posições muitas vezes "em cima do muro" para questões de suma-importância para evangélicos, como aborto, união homossexual e legalização das drogas. E ainda acrescentamos o fato de que Marina ainda tem uma imagem muito associada ao presidente Lula e a filosofia petista, que causa repulsa de muita gente. Marina não é popular, nem mesmo tem o apoio dos evangélicos.
Essa polarização é saudável?
É um engano pensar que esse tipo de caracterização demoníaca de Dilma seja saudável para o país, porque nenhum dos candidatos representa de forma adequada Jesus, o Cristo. Os valores do Reino não são terrenos e materiais, e nenhuma autoridade foi constituída a homem nenhum para tomar decisões sobre o rumo do Reino de Deus. Jesus emudeu à frente de Pilatos, ele não vociferou contra Barrabás ou contra seus aliados, mas cumpriu seu destino sendo crucificado sem culpa nenhuma. Qual dos candidatos não tem pecados? Qual deles não se aliançou com pessoas questionáveis? Qual deles não vociferou contra seus adversários?
Então devemos nos emudecer?
Claro que não, o momento em que Jesus calou-se foi um momento único em que houve ocumprimento profético das Escrituras , sendo este seu destino. Entretanto, não podemos nos esquecer quantas críticas teceu durante seu ministério contra os hipócristas de sua época. Quantas vezes chamou os fariseus de mentirosos e filhos do diabo. Mas qual era o seu objetivo? Com certeza não era criar ou eleger um governo terreno, mas defender os valores do Reino de Deus e glorificar a seu Pai. Esse é o nosso papel, alertar sobre os desvios e rumos da nossa nação, procurar abrir os olhos do povo de Deus para que não sejam meros religiosos mas embaixadores do Senhor nessa terra.
Como escolher?
A escolha de nossos representantes não pode ser baseada numa polarização entre bem e mal, mas tendo como parâmetros muitas variáveis de cada candidato, como história de vida, trajetória na política, transparência e ética, e por fim, sendo um dos pontos mais importantes a defesa aos valores cristãos, mesmo que esse candidato não seja um cristão declarado.
Não quero Dilma, Serra, Marina ou Barrabás, quero o Reino de Jesus no coração de cada homem e mulher dessa nação.
3 comentários:
Cadê este vídeo! Gostaria de vê-lo antes de qualquer julgamento. Quem tem ele salvo para me enviar?
Qual vídeo amigo?
Não citei nenhum vídeo nesse post.
Se está falando do Pastor Paschoal Piragine o link é esse:
http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI
Abraços!
meu caro, achei precipitadamente que esse texto fosse do Pavarine! posto aqui o comentário que postei lá:
gostei muito do seu texto e da chamada dele no twitter, mas tenho uma ressalva: "sendo um dos pontos mais importantes a defesa aos valores cristãos, mesmo que esse candidato não seja um cristão declarado".
Pra muitos, os valores cristãos são ir a igreja, falar contra o aborto, contra o casamento gay, e aparecer com a esposa sempre do lado, vestidos com as cores do partido: azul, da cor do céu e amarelo celestial. Gostaria que você esmiuçasse no texto esses "valores cristãos". O que se espera de alguém que não compreendeu a Graça completamente? Que ele seja usado por Deus. Mas aí, o Pai chama Ciro, o rei da Pérsia - sim, ó meu Deus, onde hoje é o Irã! -, de "ungido" e de "meu servo" (Isaías 45). Cristãos agem como se Deus não fosse o Senhor de TODA a Terra.
Pra mim, o critério é esse:
"Eles também responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não te ajudamos? ’. Ele responderá: ‘Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo’."
Mais do que impor uma MORAL, somos chamados a SERVIR e lavar pés. A sermos a manifestação de Deus, seu corpo, sua materialização, nesse planeta. Quem sempre quis impor uma moral, foram os fariseus, não os seguidores de Jesus! E estes, fazem coisas pelos menos favorecidos sem saber que o fazem ao próprio Deus. Nessa situação, qual dos dois candidatos é menos pior? quem de fato está comprometido com a maioria da população brasileira de pobres e miseráveis? quem está comprometido com a elite paulistana que sempre foi privilegiada na história da República e está desesperada por ter que dividir com TODA a Federação estes privilégios?
Simples assim! Abração, Luiz
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