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sábado, outubro 02, 2010

Expomamom 2010 - As bizarrices



Nessa primeira parte da nossa saga na Expomamom 2010 pretendo mostrar apenas um pouquinho das bizarrices que encontramos.

Não, não vou pegar leve com esse evento. Por mais que existam opiniões contrárias de gente que consegue ver como sendo algo bom para o meio cristão não é. E é isso que pretendo mostrar para vocês.

Vamos começar falando um pouco da lotação e frenesi que a feira produziu nas pessoas, já de cara nos deparamos com uma fila enorme que quase dava a volta no Expo Center Norte. Ficamos praticamente uma hora na fila até conseguirmos comprar nossas entradas e efetivamente adentar o recinto. Aqui vale ressaltar que provavelmente fomos no pior dia possível, no sábado.


Destaque total para as grandes editoras e artistas. O poder econômico de cada ministério ditava o seu destaque na feira. Os estandes que seriam mais relevantes para o cristianismo puro e simples foram relegados para corredores distantes.

Além do palco principal existiam alguns outros espaços musicais onde os artistas podiam se apresentar, e também os estandes onde artistas de maior renome podiam distribuir autógrafos. E foi perto desses estandes que a coisa mostrava-se bem degringolada mesmo. Muita, mas MUITA idolatria! As pessoas se acotovelando e olhando com cara feia (quando não xingando) porque queriam de qualquer jeito estar perto dos seus ídolos e pegar seus autógrafos. Cristo, sem dúvida, foi totalmente esquecido  por esse povo, apenas interessados em idolatrar homens e mulheres. (E depois ainda temos a cara de pau de criticarmos os católicos)

Obviamente, por finalidade econômica, não há nenhuma seleção com relação aos expositores da feira. Pudemos encontrar vários estandes com coisas mais do que bizarras e os 'ministérios' mais absurdos possíveis. Além, é claro, dos estandes que nada tem a ver com cristianismo - consórcio de carros, empresas de seguro, construtoras, etc. Apenas pensando no dinheiro e em se aproveitar desse mercado.

Estou plenamente convencido de que os cristãos foram contaminados pela cultura do consumo predominante nos nossos dias. Vende-se e compra-se de tudo, e o mais lamentável: Tudo é feito em nome de Deus. 

A feira é apenas um reflexo do que vem acontecendo em nosso meio já a bastante tempo. As pessoas não querem mais procurar a Deus pela simplicidade da sua imensa Graça, mas por aquilo que elas podem conseguir através disso. Lamentável.


Tenho que confessar que dei muita risada quando avistei esse cartaz! O cara do marketing foi bem criativo nessa. Mas isso nos lembra que por tantas vezes os cristãos tem se alimentado de porcarias, muitas vezes enfiadas goela abaixo, e deixam de lado o verdadeiro alimento que é a Palavra de Deus.

Ser cristão NÃO é andar com camisetas e adereços evangélicos. Tem muita gente achando que é mais ou menos crente porque anda com camiseta do dizeres ou imagens cristãs, ou colando adesivos com frases no carro. Se os cristãos fossem tão engajados na propagação do evangelho o quanto consomem esse tipo de bugiganga já teríamos evangelizado o mundo todo, mas infelizmente parece que é mais importante vestir as roupas evangélicas da moda do que ter um caráter que reflete à Cristo. Como diz no Pavablog: Jesus NÃO é um produto.

Em Antioquia os discípulos foram chamados de cristãos não porque estampavam em suas roupas dizeres de Cristo, ou trechos da Torah, mas porque seu comportamento e seu proceder se assemelhava a Cristo. Infelizmente na Expomamom o comportamento de muita gente vestida com roupas cheias de versículos era lastimável, vergonhoso mesmo. Ficaria mais satisfeito que as pessoas parassem de tentar se parecer exteriormente com cristãos e se preocupassem com seu interior.

Outra coisa nesse mesmo aspecto, ser cristão não é ser chique. Eu não sabia, mas lá descobri que temos no nosso meio até Ana Maria Braga genérica! É sério. O mesmo estilo, copiado, enlatado e distribuido para os evangélicos das coisas toscas que vemos na TV diariamente. Eu não li o livro da Joyce Meyer, nem pretendo, mas 'Coma o biscoito... Compre os sapatos', parece ser um incentivo ao consumo sem culpa, conforme:

"Coma o biscoito... Compre os sapatos nos ensina que não fomos feitos para sentir culpa. Deus nunca pretendeu que vivêssemos sobrecarregados pela culpa. Na verdade, Ele é o maior planejador de festas que existe! Joyce descreve uma a uma as celebrações narradas pela Bíblia – todas elas ordenadas por Deus – e a forma como elas aumentavam a capacidade do povo para viver uma vida produtiva e feliz. “Eu era viciada em culpa”, diz Joyce, “e o único momento em que eu me sentia bem era quando me sentia mal... A alegria e o contentamento são necessidades em nossa vida, e não podemos ser saudáveis sem elas”.

Neste livro, Joyce Meyer nos lembra que Deus deseja que nós desfrutemos a vida que Ele nos deu. Ele quer que celebremos as Suas misericórdias e as nossas vitórias, mesmo sem nenhum motivo especial. Às vezes perdemos a alegria e o prazer que são presentes dados por Deus, e não podemos fazer isso!

Este livro o ajudará a recuperar essa alegria. Coma o biscoito; compre os sapatos!
"

Talvez a mensagem do livro nem seja essa, mas aparentemente é destoante dos ensinos de Cristo, pois o Senhor nunca ensinou felicidade em coisas, mas no Espírito Santo e em ter o nosso nome no Livro da Vida do Cordeiro.

As bizarrices foram grandes! Pude visitar um estande que vendia "Atos proféticos", e tentamos, em vão, extrair uma resposta da vendedora sobre o que seria um ato profético. Ela disse que seria o óleo da unção. E pudémos ver chaveiros com os mais diversos tipos de símbolos judaícos. Aliás, a judaização é uma das coisas mais presentes no cenário cristão atual.

Nessa mesma linha encontramos uma arca da aliança! Isso mesmo! Estava lá, ao vivo e à cores! Mas parecia tão mal-feitinha coitada, quando lia as passagens do antigo testamento onde ela era descrita eu imaginava algo tão sublime, tão lindo, mas lá ela parecia feita por uma criança da terceira série. Só depois eu pensei em perguntar se eles não teriam também um altar de sacrifícios, porque arca da aliança sem o altar não dá né. E olha que tem igrejas realmente simulando sacrifícios da velha aliança nos seus cultos. A criatividade pra criar heresias parece infinita.


O que uma loja PinkBiju tem a ver com o cristianismo? Excelente pergunta! Infelizmente eu não sei, mas posso pensar em algumas desculpas:
- O dono é evangélico;
- Existem brincos e pingentes com a estrela de Davi;
- Uma boa oportunidade de negócios!


Essa aqui foi uma das grandes sacadas! Colocar um nome de Deus em hebraico para um Hotel. Poxa, como não pensei nisso antes. O hotel é santo por causa desse nome. Um bom lugar para os crentes. Pena que enquanto passamos tempos agradáveis em hotéis luxuosos como esse, milhões morrem de fome e não tem onde dormir.


Os ministérios mais bizarros possíveis se fizeram presentes na Expomamom, é claro. Que tal uma Explosão Profética... Seria uma versão evangélica do AlQaeda? Fato é que se dá espaço para os caras mais bizarros do mundo que pregam uma mensagem horrorosa que nada tem a ver com Cristo.

Enfim, a experiência na Expomamom foi pior do que eu pensava. A coisa tá feia mesmo, e não consigo encontrar justificativas para mantermos eventos como esse, que distorcem o evangelho e levam a grande mídia a confundir o protestantismo histórico com novas formas de obter DINHEIRO.

Não estou fazendo apologia a miséria, ou dizendo que o crente não pode ganhar seu dinheiro, mas usar o nome de Deus para tal propósito é descabido.

Não dá para chamar a Expomamom de Expocristã, porque o que é cultuado ali não é Cristo, mas o dinheiro.

2 comentários:

Pablo, o Silva disse...

É isso aí, hermanos!
O $how tem que parar!
Abraço.

Anônimo disse...

E o mais engraçado é que quando vc fala pra um desses aí que igreja hoje em dia é comércio, ficam ofendidos!!! Santa hipocrisia. Parabéns por mostrar a verdade.

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