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domingo, julho 15, 2007

Meu chamado



Antes mesmo de converter-me eu já sabia que Deus me chamara para o pastorado, sim, serei um pastor. Essa certeza cresceu com o passar dos anos, mas a visão sobre como isso se dará mudou drasticamente, esse texto é quase que uma declaração de compromisso com relação ao chamado divino para o desenvolvimento dessa função no Corpo de Cristo.

Fui chamado para ser pastor, não conferencista, nem exímio pregador da palavra, não almejo arrebatar multidões com belas e inefáveis coisas.
Fui chamado para ser pastor, isto é, cuidar do rebanho, visitar os irmãos em suas casas, gastar tempo ligando e conversando com eles, desenvolver relacionamentos sólidos em amor.
Fui chamado para ser pastor, não para ser funcionário de uma denominação, visto que tenho o exemplo de Paulo, homem cheio do Espírito Santo e dotado de maravilhosos dons, não julgava-se superior a ninguem, trabalhava para não ser pesado aos irmãos, a carreira que cumpriu na fé não era uma mera carreira eclesiástica - isso é o que almejo.
Fui chamado para ser pastor, não um administrador de imóveis, nem administrador de uma organização, não me gastarei em contas intermináveis de coisas materiais, nem com a distribuição das cestas básicas, mas me cercarei de homens cheios do Espírito Santo, para que assim eu possa me dedicar a oração, à Palavra e à comunhão.
Fui chamado para ser pastor, não alguém que almeja agradar a todo mundo, não - não sou nada político, as Palavras de Cristo são loucura para o mundo, condenam o pecador, redimem o fraco, eleva aos humildes, é extremamente cortante e eficaz, agrade-se quem se agradar, rejeite-a quem a rejeitar, estou aqui para meramente anunciá-la.
Fui chamado para ser pastor, não para ser porta de entrada para a morte na panela no centro da igreja de Cristo, as heresias, as mentiras, os pensamentos positivistas, os evangelicalismos, os comunidadismos, os sincretismos e todo tipo de mentira devem - e serão - combatidos por mim como quando Davi enfrenta ursos e leões para defender o rebanho.
Fui chamado para ser pastor, não um santo milagreiro, nem o interecessor entre o pecador e Deus, mas sim para instruir que cada membro do corpo tem seu dom, que todos são sacerdotes na Nova Aliança, que todos foram chamados para ser sal e luz do mundo.
Fui chamado para ser pastor, não popstar de um grupo musical, mas para mostrar que a música tem seu lugar dentro do culto a Deus, lugar este que não é melhor, nem aproxima ninguem mais de Deus do que qualquer outra coisa feita para Ele.
Fui chamado para ser pastor, não para ser chamado de "pastor", pastorerar não é exibir um título, é uma mera função dentro do corpo, sou e continuarei sendo o Matheus, e pela misericórdia de Deus, pastor das ovelhas Dele.
Enfim, fui chamado para ser pastor, o menor dos menores no Reino de Deus, simplesmente um servo, que deve estar pronto pra servir, e assim tenho me colocado desde quando me converti, cansado ou não, atarefado ou não, em funções que gosto ou não, em tarefas inexpressivas ou não, sou servo, e Deus me permita que não da boca pra fora, pois hoje é o tempo de muitos pastores dizerem-se servos mas incapazes de servir.

Amo meu chamado, porque Deus me chamou. Mesmo que perante tudo que Ele tem me dado - salvação, justificação, santificação, vida eterna, Espírito Santo - seja quase nada, sinto-me minimamente pagando a dívida que tinha e que Cristo pagou na cruz.

Deus me ouça e me ajude a manter-me firme nesses ideais.

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