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sexta-feira, maio 25, 2007

A reforma de nós mesmos




Não enxergo uma nova reforma no Cristianismo como foi com Lutero, mas enxergo uma reforma localizada, das pequenas congregações, pessoas e grupos unindo-se em prol de uma vida verdadeiramente cristã, embasada nas Escrituras e livre dos preceitos religiosos.

Essa reforma é baseada em três pilares:

1) Centralidade na Graça, Pessoa e Obra de Jesus, o Cristo;
2) Retorno às Escrituras;
3) Desprezo a toda tradição religiosa.

Alguns podem argumentar que os evangélicos tem a centralidade em Jesus, que não existe adoração a santos, imagens ou pessoas, que não existe um Papa. Para mim isso não passa de mero discurso e uma grande distorção da verdade, pois o que se pratica hoje nas igrejas evangélicas é um histerismo baseado num certo poder mágico que o nome Jesus pode provocar, não naquilo que Ele fez, naquilo que Ele pregou e naquilo que Ele É. Simplesmente escolhemos as passagens mais bonitas e deleitosas de ler na bíblia a respeito Dele e acabamos por deixar de lado aquilo que nos confronta.

Outros dirão que nas igrejas evangélicas as Escrituras são a nossa regra de fé e prática, mas a verdade é que consideramos qualquer um que tem acesso à um microfone como digno de expor aquilo que acha a respeito das Escrituras como verdade inquestionável, os exemplos são abundantes quando pegamos as sofríveis letras da música cristã contemporânea.

Muitos acharão que desprezar as tradições religiosas é algo muito radical, pois mesmo em meio a um lamaçal e distorção do Evangelho ainda temos coisas boas e grande herança dos líderes históricos. Não deixo de concordar com isso, mas acredito firmemente que o desprezo as tradições e um retorno as Escrituras nos levará novamente aquilo que foi feito de bom, e é claro que toda prática bíblica será sempre mantida, mas se não rompermos imediatamente com o sistema eclesiástico vigente morreremos sufocados pelo espírito do anti-cristo que já opera em nosso meio.

Tudo isso não significa abandonar nossas igrejas e comunidades, muito pelo contrário, deve nos levar a cada vez mais interagirmos com nossos irmãos, nos levando a praticar o amor para com o próximo, nos levar a nos unir para levar a mensagem do Evangelho, para praticar as boas obras, para sermos testemunhas fiéis do Reino.

Deus nos quer como sal e luz do mundo, não como meros instrumentos de uma organização enferrujada e caquética. Nós podemos começar mudando nós mesmos, depois mudando nossas comunidades, e quem sabe conseguir mudar algo mais?

Deus está no controle da sua Igreja, tão somente precisamos estar dispostos a sermos instrumentos em suas mãos.

PS: Estou escrevendo a próxima parte do artigo Alegria em Cristo.

Um comentário:

Pedro Paulo Valente disse...

Não entendi muito bem a terceira proposta. Desprezo a toda tradição religiosa. Não concordo com essa afirmação. Reconheço que ela não deve ser um dos pilares da nossa fé, mas ela pode servir como baliza e nos orientar de acordo com a história, uma forma de não jogar no lixo o que foi feito de bom nos 2000 anos de cristianismo.
Concordo que necessitamos de reforma, mas antes dela chegar nas congregações, ela precisa ocorrer nos nossos corações e se expressar nas nossas vidas.

Reflexão importante para nós cristãos, uma vez que temos dificuldade de fazer uma analise sensata da realidade.

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