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segunda-feira, julho 26, 2010

Avancemos para a maturidade.



Matheus Soares

"Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento de atos que conduzem à morte, da fé em Deus, da instrução a respeito de batismos, da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. Assim faremos, se Deus o permitir." Hebreus 6:1-3 NVI

A carta aos Hebreus é uma das cartas mais profundas da Bíblia, com fundamentos teológicos que dão base para a fé cristã, sendo que mesmo tendo autor desconhecido é parte fundamental do cânon do Novo Testamento, guiando àqueles que leêm a carta através dos fundamentos históricos do teísmo no Deus único e verdadeiro, da formação do povo Hebreu, do caráter imutável de Deus e dos personagens principais da história cristã até aquele momento.

O autor parece ser alguém letrado, possivelmente um mestre da lei convertido ao cristianismo, nos mesmos moldes do Apóstolo Paulo (se é que não ele mesmo). Por isso mesmo aparentemente ele tem o desejo de transmitir a profundidade do amor e conhecimento de Deus através das letras inspiradas da sua epístola, mas encontra-se em determinado momento desanimado pois os cristãos parecem não conseguir acompanhar seus ensinos, pois os mesmos encontram-se ainda imaturos, quando na verdade já deveriam ser mestres.

Isso fica claro no final do capítulo anterior onde podemos ler que seus filhos espirituais ainda não conseguem digerir o alimento sólido, mas preferindo o leite, acabam mantendo-se na mediocridade, sendo alimentados de forma rala, satisfazendo sua necessidade imediata, mas não possibilitando uma preparação maior para os desafios da vida cristã.

E é nesse sentido que observo um paralelo com os dias atuais, com o nosso cristianismo pós-moderno.

A sociedade em que vivemos é extremamente superficial: nosso convívio é superficial, nossos relacionamentos são superficiais, nossos desejos são superficiais e assim concluímos que nós somos pessoas superficiais.

Não é de se espantar que todo esse superficialismo tenha inundado o cristianismo, transformando as riquezas do conhecimento de Deus, da profundidade da Sua palavra e do alcance do amor divino em meros ajuntamentos pseudo-espirituais, com práticas repetitivas, cansativas e desgastantes, hinos e louvores desprovidos de conteúdo e pregações  completamente distantes do conhecimento da palavra de Deus.

Eventos marcados pelo sentimentalismo, que não conseguem sair dos fundamentos básicos da fé em Cristo, sempre tendo que trazer a mente os pecados diários, lembrar mais uma vez o sacrifício de Cristo na cruz e a necessidade de arrependimento.

Pessoas "aceitam" a Jesus Cristo praticamente todos os domingos no apelo pastoral, pessoas semana após semana estão buscando livrar-se dos seus pecados.

Aonde está o problema? Na sociedade superficial e descomprometida? Na igreja morta e ineficaz? Nos líderes coniventes e preguiçosos?

O que sei é que o autor de Hebreus não duvidou que a vontade de Deus é que os cidadãos do Reino prossigam para a maturidade, ele não se entregou para a sociedade caída e para a perseguição de sua época, não acomodou-se em transmitir pequenas migalhas do poder de Deus, mas prosseguiu para o alvo, falando de coisas superiormente elevadas, conduzindo o povo às verdades imprescindíveis da fé em Jesus Cristo.

A igreja não pode acomodar-se a sociedade, mas transformar a sua mente para que realmente possamos experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

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