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segunda-feira, junho 27, 2011

Ariovaldo Ramos: “Um cafezinho diário pode transformar a vida de uma criança”





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Vi no Pavablog

sábado, junho 25, 2011

"O que penso sobre a volta de Cristo"



por Ricardo Gondim

Sobram textos bíblicos sobre o retorno de Cristo. Nos evangelhos, nas diversas epístolas e na longa tradição da igreja, cristãos sempre guardaram o grito esperançoso do Maranata – “venha logo, Senhor”. 

Escatologia, o estudo do fim, maneja as diferentes passagens do texto sagrado em busca de entender como os eventos se encadearão antes do zênite da história. Cristo voltará, isto sempre foi certo nas diversas comunidades de fé. Porém, nunca houve consenso nos muitos séculos e nas muitas tendências do pensamento cristão sobre quando?; como?; em que circunstâncias? 

Um dos teólogos mais ousados no trato da escatologia no século XX foi Jürgen Moltmann. Quando escreveu “Teologia da Esperança”, Moltmann causou espécie. Sua obra encantou. E como todo pensador de vanguarda, importunou. Seu livro foi primeiro publicado em 1964. Alguns o consideraram a concretização de temas que “estavam em suspenso”. Havia alguma intuição sobre o assunto, mas, escatologia era considerada uma seção bem precária da teologia. Lidar com a linguagem profética nunca pareceu fácil. 

Alguns chegaram a afirmar que Moltmann cumpriu um kairós, já que seu texto convidava a  refletir sobre um tema que não podia permanecer como um simplismo. Ele afirmava que era inevitável encarar de frente uma área da teologia, complicada e controversa.

Moltmann estava sintonizado com um tempo, que amadurecera. Na Igreja Católica Romana, o Concílio do Vaticano II propunha a atualização de missão, liturgia e teologia. Nos Estados Unidos, o movimento pelos direitos civis ganhava força com Martin Luther King Jr., que popularizava o “Evangelho Social”. King mobilizava multidões desde a defesa dos direitos civis dos negros, à guerra do Vietnam e à mobilização trabalhista. Em Cuba, jovens guerrilheiros tomavam o poder de Batista, fantoche do crime organizado estadunidense. Na América Latina, o despertar da esperança se transformava em hino dos pobres. O ambiente já vinha fertilizando pensadores. Tornava-se importante a elaboração de teologias que lidassem com o juízo de Deus sobre a injustiça e sobre a esperança (Rubem Alves, um dos precursores da Teologia da Libertação, escrevia o livro “Da Esperança”)

Reli Moltmann depois de vinte anos. Ao virar as páginas, perguntava-me: “onde estive todos esses anos que não apreendi os conceitos deste privilegiado pensador?”. Moltmann repensava o signficado de “escatologia” – a doutrina das últimas coisas – não para esvaziá-la de sentido, mas para mobilizar a igreja em práxis. 

Moltmann sustenta que escatologia precisa exceder o senso comum, deixar de ser uma mera compreensão de como se darão as últimas coisas, para englobar o estudo do mundo, história e humanidade. Estudar os eventos seria, para ele, mais importante que alfinetar uma data para o fim dos tempos. Entender os fios que ligam os acontecimentos históricos é dar sentido à volta de Cristo em glória, o juízo universal e consumação do reino, à ressurreição universal dos mortos e necessidade de uma nova criação. 

“Esses acontecimentos finais irromperiam de fora da história para dentro dela e poriam fim à história universal, na qual tudo se move e se agita”. (o grifo é meu)

Moltmann considera, então, que, a razão pela qual a teologia dava a esses acontecimentos pouca importância é porque elas jaziam no limiar do “último dia”.  Por isso, a escatologia perdeu força como animadora de ações transformadoras; era uma crença passiva. Projetada como expectativa para os “tempos vividos antes do fim”, escatologia se condenava a ser apenas uma aspiração piedosa. Isso explicaria, segundo ele, porque “as doutrinas do fim vegetavam esterilmente nas últimas páginas da dogmática cristã. Eram como um apêndice meio solto, que definhavam em sua insignificância apócrifa”.

Daí, a ousadia de Moltmann. Ele teve coragem de resignificar a escatologia, trazendo-a para o presente; afirmou que “a escatologia é idêntica à doutrina da esperança cristã, que abrange tudo aquilo que se espera como o ato de esperar, suscitado por esse objeto”. A escatologia não adia, sine die, o apogeu da história, mas o trás para o presente, porque, “o cristianismo é total e visceralmente escatologia, e não só como apêndice; ele é perspectiva, e tendência para frente, e, por isso mesmo, renovação”. Escatologia é convite a sinalizar, aqui e agora, o que esperamos como irrupção do novo, que virá na parousia.
“O escatológico não é algo que se adiciona ao cristianismo, mas é simplesmente o meio em que se move a fé cristã, aquilo que dá o tom a tudo há nele, as cores da aurora de um novo dia esperado que tingem tudo o que existe”.
Para Moltmann, portanto, a doutrina da “escato-logia” deve ser substituída por uma teologia da esperança: “Mas como falar de um futuro que ainda não existe e de acontecimentos vindouros aos quais ninguém ainda assistiu? Não se trataria aí de sonhos, especulações, desejos e temores, todos necessariamente vagos e indefinidos, já que ninguém pode verificá-los?”.

Faz sentido, se doutrina deve ser compreendida “como uma coleção de afirmações doutrinárias que se conhecem a partir de experiências que podem ser repetidas e feitas por todos; o termo logos se refere a uma realidade que está aí, que existe sempre e que pode ser conhecida como verdade na palavra que lhe corresponde”.

Concordo com Moltmann, pois também acredito que “não é possível haver logos do futuro, a não ser que o futuro seja a continuação ou retorno periódico e regular do presente. Mas se o futuro traz algo de surpreendente e novo, sobre ele nada podemos afirmar, nem conhecer sobre ele qualquer coisa que tenha sentido, pois a verdade ‘lógica’ (verdade com logos) não pode existir no que acontece no futuro como novo, mas tão somente naquilo que é permanente e retorna regularmente”.

Moltmann desmonta a arrogância do teólogo que se imagina capaz de fixar a verdade, pois os conceitos teológicos não podem se tornar dogmas. Nada mais inútil que fixar uma data, que pretende estancar a realidade naquilo que ela é. No cristianismo, as análises são provisórias. Tudo depende do desenrolar das perspectivas e suas possibilidades futuras. Conceitos teológicos não devem engessar a realidade, mas ampliá-la pela esperança e assim antecipar seu futuro. "Não devem arrastar-se atrás da realidade, nem olhar para ela com os olhos da coruja de Minerva, mas iluminar a realidade, mostrando-lhe seu futuro”.

Em qualquer teologia que mexa com esperança, Deus não está em alguma parte no além, alheio e indiferente ao desenrolar da vida. Se afirmamos que ele vem é porque sempre esteve presente. Dizer que Cristo voltará implica em aceitar que estamos desde já comprometidos com a promessa de um novo mundo de vida plena. Justiça e verdade se irmanarão como a glorificação final das ações vivenciadas por todos os que "buscaram em primeiro lugar o reino de Deus". 

Essa promessa não apazigua; ela não é ópio, mas põe o mundo em questão. O retorno de Cristo não gera desprezo pelo mundo. Apenas avisa que a realidade que é colocada como inexaurível poderia ser diferente. 

Pelo fato de o mundo e a existência serem assim questionados, eles se tornam “históricos”, pois são expostos na berlinda e colocados no espelho do futuro prometido. Quando o novo aparece como possibilidade, o velho se manifesta anacrônico.

Quando algo de novo é prometido, vê-se que o antigo se tornou passageiro, e superável. Quando se espera e antecipa o que parece impossível, nasce a liberdade de abandonar o roto. Assim a escatologia cristã faz com que a “história” desabroche a partir da visão de seu término. A concretude do que acontece passa a ser percebida na promessa iluminadora do que, no momento, soa apenas como utopia.

Só assim a escatologia não fica soterrada na areia movediça da história. Ter uma maquete do fim, ao contrário, escancara a história para a vida; viva por meio da crítica e da esperança. A história cruel e desumana é julgada pela luz que brilha desde a transcendência, desde o fim.

A impressão da transitoriedade universal, fica patente quando se faz projeção idealizada do novo mundo. Quem tem olhar prospectivo, percebe em retrospectiva. 

Moltamann afirma que a história não tem força para engolir a escatologia (Albert Schweitzer), nem a escatologia engole a história (Rudolf Bultmann). O logos do eschaton é a promessa daquilo que ainda não existe. A promissio, que anuncia o eschaton e na qual o eschaton se anuncia, é o motor, a motivação, a mola propulsora e o tormento da história. 

Eu creio que Cristo voltará. Mas esta afirmação não gera comodismo em minha alma. Complacência não pode se confundir com esperança. Nietzsche se revoltou contra a esperança que rouba a gesta transformadora. Esperança postergada, e que se acovarda no enfrentamento da vida, não passa de apanágio ideológico para favorecer o opressor.  

Afirmar que Cristo virá de fora (transcendência) significa dizer que a ação humana (imanência) não consertará a história. O Deus que encarnou retornará, de fora da história, trazendo juízo, cura e esperança. Naquele dia, o horizonte utópico se desfará e entenderemos o porquê de toda a mobilização que nos incentivou a trabalhar pelo Reino. 

Profecia é incentivo, nunca entorpecimento. A esperança cristã desdenha do capitalismo, que não tem a última palavra sobre o paraíso; critica o marxismo, incapaz do progresso que desemboca em equidade plena; afasta-se da religião, que tenta se confundir com a Cidade Celestial. Por enquanto, Paraíso é maquete. Até aquele dia, a nova Jerusalém nos desaloja da zona de conforto. O ainda não revela que o mundo do jeito que está permanece um acinte ao propósito divino. Mas chegará o dia, grande e glorioso, quando céu e terra se tornarão uma só realidade. Na revelação plena do Cordeiro, saberemos que não lutamos em vão, e celebraremos.

Maranata, venha logo, Jesus!

Soli Deo Gloria
24-06-11

quinta-feira, junho 16, 2011

Inferno não é lugar para pecadores



Toda a humanidade, cristãos ou não, já está perdoada. Nenhum peso de dívida está mais sobre ninguém, seja ele evangélico, católico, umbandista ou espírita. Na cruz do calvário Jesus cancelou tudo aquilo que o homem devia para Deus Pai e a partir daquele momento nenhuma acusação poderia ser feita contra nós sem antes Cristo ser consultado. O que isso quer dizer? Que todos serão salvos do inferno mesmo que não tenham declarado aceitação à Cristo?

O autor de hebreus foi claro em dizer que pelo pecado de um homem toda a humanidade estava condenada, mas pelo sacrifício também de um homem toda a humanidade alcançou a redenção. A morte do segundo Adão na cruz representou para a humanidade a expiação definitiva por todos os seus pecados, tanto é que, biblicamente, é notória a forma diferenciada pela qual o Senhor passa a tratar os homens depois da consumação da obra de Cristo, aqueles que outrora eram inimigos agora passaram a ser alvos do amor divino. Não existe apenas um povo escolhido, mas agora toda e qualquer pessoa poderia se achegar diante do Pai.  A relação de um Deus Todo-Poderoso e distante passa a ser a relação acalentadora de pai e filhos amados e queridos. Tudo isso porque a ira de Deus contra o pecado foi totalmente resolvida e aplacada na cruz de Jesus.

A Sua vontade é que todos alcancem a salvação, a Sua graça já age na terra antes mesmo da fundação do mundo, e essa graça sempre foi estendida a todos os homens, fazendo a chuva cair e o sol nascer tanto sobre bons quanto maus. E mesmo o homem tendo decepcionado Deus inúmeras vezes durante a história, com tantas besteiras que praticou, mesmo assim Ele sempre botou fé na humanidade, conhecendo a esperança quer viria até nós.

A pergunta novamente vem a tona... Então todos os homens estão salvos? Ninguém vai para o inferno?

O inferno não foi criado para o homem! O inferno é o destino do diabo e dos anjos caídos. Satanás se rebelou contra Deus e arrastou com ele um terço dos anjos do céu, que passaram a ser os seus demônios, destinados a fazer com que o homem aderisse a sua mesma iniquidade: a rebeldia.

É exatamente por isso que o inferno não é um lugar para pecadores apenas, pois se assim o fosse, toda a humanidade estaria condenada inevitavelmente a este lugar, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, mas como Ele mesmo mandou Seu filho para que todo aquele que Nele crê não pereça mas tenha a vida eterna, agora fomos reconciliados com Deus através dessa obra redentora e só podemos por um meio escapar disso, nos rebelando contra Deus.

Se pelo pecado todos estavam condenados, pelo sacrifício todos foram perdoados. Cabe agora não apenas dizer que aceitamos a Jesus, mas sim que nos submetamos à sua vontade em amor. A nossa necessidade agora é reconhecer esse Senhorio de Cristo, conquistado na cruz em nosso favor, agindo da mesma forma que ele agiu quando disse que não existe amor maior que este, em dar a vida pelos seus amigos.

Se ele se submeteu a nós, como amigos, muito mais nós devemos nos submeter ao Senhor e Salvador das nossas vidas.

sexta-feira, junho 10, 2011

Rui Barbosa, analfabeto!



por Marcos Soares

Amigos, uma das maiores inteligências deste país foi, sem dúvida, Rui Barbosa. Alcançou notoriedade internacional ao discursar brilhantemente em Haia, sendo por isso mesmo apelidado de "O Águia de Haia". Escritor, senador, homem brilhante, no final da vida foi perdendo gradativamente a visão. Um dia, tentava enxergar o letreiro do bonde que descia rua abaixo e, mesmo com muito esforço, não conseguia decifrar o destino do coletivo. Perguntou, então, a um homem que estava ao seu lado: "O senhor poderia me dizer para onde vai aquele bonde?" O homem respondeu incontinenti: "Desculpe, amigo, eu também sou analfabeto, igual ao senhor"...

É brincadeira? Chamar o grande Rui Barbosa de analfabeto, só porque ele não conseguiu ver o letreiro? Pois é, é a velha mania de julgar os outros pelo seu próprio contexto. Achar que todo mundo padece dos mesmos males que a gente. Se ele não consegue ler, é porque não sabe ler. Dedução rápida, lógica, porém absurda, especialmente naquele caso.

Não é assim que agimos, com frequência? Não é verdade que julgamos os outros baseados em nossas próprias atitudes, preconceitos e idiossincrasias? O marido infiel sempre desconfia da esposa, mesmo que ela lhe seja fiel. Por quê? Porque acha que ela está agindo como ele age quando está sozinho. O desonesto sempre vê perigo quando negocia. Por quê? Porque pensa que todos são trapaceiros como ele. O mentiroso desconfia da palavra de todo mundo, porque acha que todos mentem como ele. Quem costuma dar indiretas, acha que todo mundo está mandando recado para ele. E assim por diante. Muitas vezes, com a base falsa da nossa própria realidade falida, emitimos julgamentos precipitados, que podem, inclusive, denegrir e até destruir a reputação e a honra de uma pessoa.

Seria melhor que antes de darmos nosso "veredicto" sobre uma pessoa, a gente tivesse um pouco mais de maturidade. Às vezes pode ser que o nosso "mundinho", o curral apertado onde confinamos nossa experiência de vida, é pequeno demais, é mesquinho demais. Por isso, quando reduzimos os outros aos mesmos padrões de mediocridade e estagnação que nós (simplesmente porque não se conformaram com um universo tão restrito para suas vidas), cometemos tremendas injustiças no julgamento.

Acabamos achando que o Rui Barbosa é um iletrado.

Fonte irmaos.com

segunda-feira, junho 06, 2011

Evangelho segundo o Powerpoint



por Matheus Soares

Todos os dias recebo vários e-mails com as famosas apresentações do Powerpoint anexadas, desde aqueles contendo as famosas correntes até aqueles de utilidade pública. Invariavelmente eu excluo todos, vão direto para a lixeira do gmail sem dó nem piedade.

Os motivos para fazer isso são vários:
1) Tamanho: Geralmente os arquivos anexos são enormes, cheios de imagens e sons, entulhando minha caixa de e-mail e piorando o tráfego de dados na internet de um modo geral. Imagine que se você re-enviar um desses e-mails para 100 contatos da sua lista o mesmo arquivo trafegará no mínimo 100 vezes pela rede. Se cada um que receber fizer o mesmo, pronto, o estrago está feito. Aí nós ainda temos a cara de pau de reclamar de lentidão na rede.

2) Tempo: Os arquivos geralmente tem 10, 20, 30 slides, com duas frases em cada um deles, que se lêssemos num texto contínuo não levaríamos mais que 5 minutos, mas com todos os efeitos e transições do Powerpoint acabamos levando quase 20!

3) Mentira: Posso afirmar sem nenhum medo de errar que 90% das apresentações de (in)utilidade pública são mentirosas. Já recebi de tudo, desde aquele bebezinho doente que vai receber 5 centavos da AOL a cada e-mail encaminhado até ao símbolo do demônio dentro das motos da Honda. Passando é claro pela agulha com o vírus HIV na poltrona do cinema. Não vou entrar em detalhes sobre cada caso, mas antes de repassar qualquer e-mail desse tipo dá uma pesquisadinha rápida do no Google. Você vai se surpreender.

4) Heresias: Aqui está o ponto mais crítico desses textos, muitos deles tem sua origem em doutrinas de seitas e religiões adversas ao Evangelho e muitas vezes por trás de imagens, palavras e músicas bonitas está um conceito de religião muito diferente daquele que Cristo deixou. Sabedoria humana sendo colocada no lugar da sabedoria de Deus. Conceitos budistas, espíritas e totalmente maniqueístas chegam aos montes nesses Powerpoints. Não que eu ache que tudo é descartável por não ser de um autor cristão, mas muitos deles estão cheios de princípios muito errados com relação ao Evangelho.

Vejo muitos crentes, diariamente, repassando tais coisas e até mesmo pastores utilizando essas ilustrações em suas pregações, mostrando alguns conceitos errados que a nossa obrigação seria lutar contra. Como por exemplo, os textos que exaltam a salvação e a redenção pelas obras, oriundas de pensamentos dos espíritas, as mensagens supersticiosas e ameaçadoras onde se você não repassar para 1000 pessoas você será infeliz e sofrera até coisas piores. Falsas doutrinas que invocam o nome de Jesus, o Cristo, de forma leviana e usurpadora, carregando mensagens que Ele mesmo nunca pregaria.

O evangelho dos crentes de hoje é pautado nessas mensagenzinhas esdrúxulas recebidas por e-mail, tendo uma teologia rasa e extremamente frágil, quando não são heresias. Eles também baseiam suas crenças nessas músicas horrorosas dos cantores de maior influência no mercado gospel, usando a maldita teologia da prosperidade como ponto de partida. E por fim, acabam sendo enganados por líderes e ministros, seja por ignorância ou intenção dolosa, com todo tipo de mentira em nome de Deus.

Ao invés de ficarmos lendo essas mentiras e repassarmos esses emails precisamos mesmo é voltar nossos olhos para a Palavra de Deus, que é a Verdade última capaz de nos salvar de nossos pecados e nos reconciliar com o Senhor. Infelizmente nesses tempos de internet a Bíblia está cada vez mais empoeirada num canto da nossa casa.

quinta-feira, junho 02, 2011

Jesus e o homossexual



por Matheus Soares
Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-los. 
Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe um homossexual surpreendido em sodomia. Fizeram-no ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: "Mestre, este homossexual foi surpreendido em ato de sodomia. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais homossexuais. E o senhor, que diz?" 
Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.
Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nele".
Inclinou-se novamente e continuou escrevendo no chão.
Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando pelos mais velhos.
Jesus ficou só, com o homossexual em pé diante dele.
Então Jesus pôs-se em pé e perguntou-lhe: "Onde estão eles? Ninguém o condenou?"
"Ninguém, Senhor", disse ele. Declarou Jesus: "Eu também não te condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".
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Os ânimos no meio evangélico mostram-se cada dia mais acirrados. O prenúncio parece ser de uma batalha, tendo os cristãos do lado dos "defensores da família" e do outro os pervertidos e imorais homossexuais, ou "gayzistas" como alguns dizem.

Obviamente o texto acima nunca aconteceu, substituí a mulher adúltera pela figura de um homossexual nesse episódio da vida de Jesus. Não pude pensar em melhor ilustração para os nossos dias do que essa. Se Jesus estivesse em nosso meio, como esteve a dois mil anos atrás, seria com essa mesma animosidade dos cristãos e defensores da moral e dos bons costumes? Minha resposta a essa questão é NÃO.

Jesus era acusado de andar com pecadores, leprosos, beberrões, publicanos, samaritanos, prostitutas, pessoas odiadas e repudiadas pelos religiosos, não coadunando com suas atitudes pecaminosas, mas sim estando sempre em seu meio com atitudes amorosas e transformadoras.

Esse movimento contra os homossexuais, em sua grande maioria, é representado por gente inescrupulosa, que rouba dinheiro dos fiéis com pregações mentirosas, vendendo tudo quanto é porcaria em nome de Deus, sem caráter e oportunistas, usando todo tipo de política e politicagem para exaltar seus próprios nomes e não o de Cristo, colocam-se como os defensores das verdades do Reino de Deus, mas que no fundo não passam de charlatães da fé.

Me recuso a ser representado por esses tais em nome dessa "causa", e como evangélico reitero que não faço parte desse movimento pautado pelo ódio.

Obviamente como um cristão que procura pautar seus princípios pela bíblia também não aprovo a atitude de certos líderes liberais que pervertem o valor das Escrituras para ignorar as práticas pecaminosas e inseri-las no contexto da fé evangélica. A bíblia condena e sempre condenou a homossexualidade, sendo algo que fere o plano de Deus para o homem. Essa prática afasta o pecador cada vez mais de Deus, assim como qualquer outro pecado, não sendo pior ou melhor, apenas tendo consequências diferentes.

O Jesus que eu conheço veio para os doentes, andou no meio dos rejeitados, comeu junto com os excluídos, e sempre perdoou os arrependidos dizendo simplesmente "Eu também não te condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado".

quarta-feira, junho 01, 2011

Réplica em tamanho real da Arca de Noé pode navegar com animais de verdade até o rio Tâmisa, em Londres, para os Jogos de 2012




A arca, construída pelo holandês Johan Huibers, pode atracar no rio Tâmisa em 2012

Quero ser Noé

  • Vincent Jannink/EFE
    O holandês Johan Huibers, que idealizou e construiu a Arca
Uma réplica moderna da Arca de Noé finalmente foi concluída e pretende fazer sua viagem inaugural em 2012 até o rio Tâmisa, a tempo de prestigiar os Jogos Olímpicos de Londres, no Reino Unido.
O dono dessa ideia digna de roteiro de filme, o rico construtor Johan Huibers, ainda vai pintar o colossal navio com três demãos de verniz à prova de fogo - medida de segurança que Noé não tomou quando construiu o original. Atualmente a Arca flutua sobre um rio em Dordrecht, na Holanda
"Em 1992 eu vi num sonho a Holanda desaparecer debaixo de uma enorme massa de água, comparada com o tsunami da Ásia. No dia seguinte encontrei um livro sobre a Arca de Noé na livraria local, e desde então meu sonho tem sido construir a Arca", contou Johan ao Daily Mail Reporter.
Ele iniciou a construção em 2008 com um projeto baseado nas medidas descritas na Bíblia. Até utilizou madeira de pinho sueco, já que algumas versões da Bíblia apontam que esse foi o material que Deus ordenou que Noé usasse na construção.
Quando for aberta formalmente à visitação do público, em julho, terá animais de verdade e irá narrar a história de Noé, como é contada na Bíblia. Dois auditórios vão receber um total de 1.500 pessoas.
Huibers enviou esta semana uma carta ao prefeito de Londres, Boris Johnson, solicitando permissão para atracar a Arca na cidade para os Jogos Olímpicos no próximo verão. "Estou indo com a Arca até o Tâmisa. Vai ser bom para alunos britânicos para visitá-lo", disse.
Fonte UOL

A possibilidade de passar pelo sofrimento sem sofrer




Jesus, o Cristo, passou por um sofrimento enorme e sem precedentes, desde que, antes da fundação do mundo, se esvaziou, assumindo a forma de servo (Fp 2.5-7), o que foi manifestado na cruz, por amor de nós (1Pe 1.18-20).

Jesus Cristo passou pelo sofrimento, mas, sem sofrer! Isto é, Jesus passou pelo sofrimento, mas, não conjugou o verbo sofrer.

Quando a gente conjuga o verbo sofrer, a gente traz o sofrimento para o espírito, a gente passa a se definir pelo sofrimento. A dor física e a tristeza, inerente ao sofrimento, passam a ser a identidade da gente. A vida passa a ser uma lamúria e a gente passa a se definir a partir do sofrimento por que passou ou passa, carregando-o para sempre como uma carteira que se mostra quando se quer falar de si.

Jesus nunca se permitiu a isso, diante da tristeza frente à  truculência do sofrimento, e à traição e abandono dos seus alunos,  ele continuava a afirmar que a sua vida ninguém tomava, ele a entregava para a reassumir (Jo 10.17,18).  Era ele quem partia o pão e distribuía o cálice da nova aliança (1Co 11.23-26). Ele, e não o sofrimento a que se submeteu, é que estava como sujeito de sua história.

Jesus, por causa desse protagonismo nunca negociado, pode dizer, no momento de dor e de abandono mais intensos: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”(Lc 23.34) – a frase que sustenta o Universo.

Se Jesus tivesse conjugado o verbo sofrer, amaldiçoaria aos seus algozes e à toda a humanidade. A tentação de conjugar o verbo sofrer, de tornar o sofrimento na sua identidade foi vencida por Jesus o tempo todo; ele sempre manteve a sua identidade fundamentada em seu relacionamento com o Pai: “... sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus, levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela” (Jo 13.3,4)

Que boa notícia: a dor e a tristeza, inerentes ao sofrimento, não têm, necessariamente,  de tomar o espírito e redefinir a identidade de quem passa pelo sofrimento! E, depois da queda, viver é passar pelo sofrimento, porque este foi, por nós (Gn 3.17), tornado o ambiente onde toda a história se desenrola.

O mais triste, quando o sofrimento se torna a identidade da gente, é que tudo e todos passam a ser julgados ou analisados a partir do que se entende ter sofrido.

A reação da gente passa a ser, sempre, reação àquele sofrimento que sequestrou a identidade da gente, qualquer ser humano, o outro, desaparece, vira algoz ou salvador, mesmo nunca tendo participado do que sofremos, ou, mesmo que tenha sido instrumento de Deus na vida da gente algum dia, inclusive, nos ministrando ou socorrendo no momento do sofrimento. Nada mais isenta o próximo, todo mundo estará sob “júdice” , e, como disse o compositor: “Qualquer desatenção, pode ser a gota d’água.” A gente passa a gostar do martírio!

Na Paixão, Jesus, o Cristo, nos demonstra como passar pelo sofrimento mais atroz sem conjugar o verbo sofrer. Nos ensina como sofrimento algum pode nos roubar a identidade, nem tirar de nós o privilégio e a responsabilidade de ser o sujeito da nossa história. Aleluia!

Fonte: Ariovaldo Ramos, Blog (vi no irmaos.com e imagem retirada do Apaixonada por arte)
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