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segunda-feira, novembro 03, 2008

31 de outubro comemoramos 491 anos da Reforma Protestante.



Há exatos 491 anos atrás o monge Martinho Lutero afixa suas 95 teses contra as indulgências da Igreja Católica na porta da Igreja do Castelo em Wittemberg na Alemanha.

É claro que Lutero não foi o único responsável pela Reforma, devemos lembrar de Jan Huss, John Wycliffe, Pedro Valdo, Felipe Melanchton, Calvino, Zuínglio e tantos outros, que se enquadram muito bem no texto de Hebreus como homens dos quais o mundo não era digno.
É com lágrimas nos olhos que penso em como homens comuns, cheios de medos, neuras, sujeitos as mesmas paixões que nós, deixando-se serem usados pelo Espírito Santo trouxeram a liberdade que temos em cultuar a Deus e ler as Sagradas Escrituras.

Sinto tristeza porque nas nossas igrejas essa data está esquecida, sinto tristeza quando valorizamos tantas pessoas em nosso meio por suas belas vozes ou pelos sermões divertidos e deixamos de lado os escritos de homens como esses citados acima, homens que de fato trabalharam pelo Reino de Deus, sinto tristeza quando vejo que estamos pensando tanto em nossos templos, nossas estruturas, nossos ministérios, e deixamos de lado a pregação do evangelho puro e simples. Sinto tristeza porque ser evangélico é algo comum hoje, afinal, qualquer religião é boa para o mundo.

Por fim, sinto tristeza porque não temos coragem de afixar as teses do evangelho no coração das pessoas. Transformamos o dízimo, a presença nos cultos, a participação nos ministérios como indulgências para que possamos entrar no Reino dos céus.

Ainda continuo sonhando com uma nova Reforma, que talvez nem seja como a de 1517, mas que Reforme nossos pensamentos para que se amoldem a Palavra de Deus, que reforme nossos atos, para que demonstremos amor ao próximo, que Reforme o nosso coração para que possamos nos compadecer dos que estão doentes no corpo e na alma.

Mas enquanto houverem homens dos quais o mundo não é digno, e creia, ainda existem tais, ainda há esperança! Enquanto o cálice da ira de Deus ainda não encher-se contra a humanidade ainda há tempo! Enquanto Cristo estiver diante do Pai intercendo por nós (e Ele sempre estará) ainda há salvação!

Celebremos essa data, lembremos de nossos mártires, nos preparemos para a batalha, saiamos pelo mundo levando a mensagem do arrependimento!

quarta-feira, julho 23, 2008

"O perfeito amor lança fora todo o medo."



Matheus Soares.

Esta é uma verdade profunda das Escrituras. Nosso medo de nos relacionarmos é oriundo de uma sociedade que não conhece o amor. São dias em que amor é um simples sinônimo para relação sexual.

Deus disse que seríamos reconhecidos como seus discípulos pelo amor, e o amor bíblico é o amor que envolve sacrifício... sacrificar o ser e o querer pelo outro. Quem está disposto? Sabemos, por exemplo, definir exatamente qual é o nosso temperamento, mas incapazes de mudá-lo 1 milímetro para satisfazer aqueles que amamos, a gente fala que "tudo posso naquele que me fortalece" pra conseguir um emprego, ou uma namorada, ou uma casa, mas a gente não fala que podemos mudar nosso caráter. Preferimos continuar assim, amoldados ao mundo das aparências, mas de interior podre.

Jesus se desprendeu das tradições judaicas não por mera rebeldia, mas porque o amor se coloca acima dos rituais religiosos, acima do dia de descanso, acima da classe social, acima da diferença racial.

Amor é coisa que não se sente apenas, é coisa que se vive, coisa de quem vive! E vive não só pra si mesmo, mas vive pra si e pro outro! Porque amar, é amar a si mesmo... é agradar a si mesmo... é sonhar e realizar pra si mesmo, porque não dá pra amar o outro como a si mesmo se você não está confortável com o que você é.

A gente sonha, divaga, pensa e repensa numa sociedade que seria a perfeita. Quer governantes mais honestos, quer salários justos, quer relações sinceras... Mas a gente pára por aí. Na prática cada um vive do jeito que acha melhor, como se fosse uma ilhazinha no meio do oceano.

O bom samaritano não era bom porque era samaritano, ele era bom porque era bom! Porque se compadecia da situação do próximo, não andava com o nariz empinado, andava olhando pras pessoas.

Relacionar-se é ser feliz sabendo que faz o outro feliz.

Mas enquanto o mundo não muda, é cada um por si e Deus por todos.

sexta-feira, julho 18, 2008

O Espírito já foi derramado.



“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.” Joel 2:28-29

O profeta Joel tem uma revelação esplendorosa do grande e terrível Dia do Senhor, o caráter apocalíptico das profecias é latente em todo o livro, e é difícil lê-lo sem pensar nas coisas vindouras. Porém, é digno de nota lembrar que Israel passava por uma grande assolação – em grande parte por seus próprios pecados – e que o Senhor, mais uma vez demonstrando amor e compaixão pelo seu povo deixa maravilhosas promessas.

Fico pensando sobre o texto supra-citado, e penso que esta profecia já se cumpriu! O Espírito já foi derramado no pentecostes, os dons já estão à nossa disposição, mas a Igreja de Cristo parece apática, esperando não-sei-o-que.

Precisamos trazer essa palavra de Deus à tona! É chegado o momento da Igreja sair de trás das cortinas, encarar as portas do inferno frente a frente, usar das armas providas por Deus para essa batalha.

Profetas, levantai-vos! Sonhadores e visionários, apareçam!

Como disse o profeta Joel “Promulgai um santo jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, todos os moradores desta terra, para a Casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor.” (1:14).

Amém!

quinta-feira, julho 17, 2008

Prostituta ou virgem?



“Porque o meu povo é inclinado a desviar-se de mim; ainda que chamam ao Altíssimo, nenhum deles o exalta.” Oséias 11:7

O profeta Oséias, segundo ordem do próprio Deus, casa-se com uma prostituta, sendo esta a representação do povo de Deus, que constantemente volta os olhos para os benefícios materiais terrenos, e trai o Senhor.

A história de Israel é marcada por ciclos, e extremamente marcada pela graça e misericórdia de Deus.

Os ciclos da história de Israel basicamente são: Deus faz uma aliança com o povo, o povo é abençoado e prospera, no meio da prosperidade o povo esquece-se de Deus e passa a servir outros deuses, Deus então castiga o povo, reivindica sua glória – a qual Ele não divide com ninguém, o povo se arrepende, Deus aceita o arrependimento do povo e restaura a sua aliança. A graça e misericórdia de Deus é marcante na história de Israel pois Ele sempre aceita o arrependimento do povo e dá uma nova chance.

Mesmo não sendo o Israel de Deus, somos o povo Dele, os ramos enxertados. E como o povo de Israel temos a inclinação de nos desviarmos do Senhor e ainda assim continuar chamando-o sem exaltá-lo.

O apóstolo Paulo fala disso em sua epístola aos Romanos, da luta entre a vontade carnal e a vontade do Espírito.

É por isso que temos uma vantagem com relação ao povo de Israel, desfrutamos de uma relação pessoal com o próprio Deus através do Espírito Santo que habita em nós. Por isso precisamos mortificar a nossa carne, nos consagrando a Deus, pelas orações, pelas súplicas, pela leitura da Palavra, pelo jejum, pelas obras de justiça, para que assim, possamos pelo poder do Espírito nos tornarmos testemunhas do Senhor, sabendo que a exigência é alta “Sede santos porque Eu sou santo.”, mas que é possível por Jesus Cristo veio como homem, foi tentado em todas as coisas, mas resistiu, mostrando que é possível viver reta e justamente.

Não podemos deixar que nossa mente se amolde aos padrões desse mundo, mas precisamos ser transformados através do Espírito Santo, para que vivamos uma vida que exalte ao Senhor.

Não podemos ser a prostituta com a qual o profeta Oséias se casou, mas como as cinco virgens que aguardavam ao Senhor com azeite em suas lâmpadas.

quarta-feira, julho 16, 2008

O verdadeiro poder da oração.



Matheus Soares.

“Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas. Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligido e cada manhã castigado.” Salmo 73:12-14

Uma frase comum em nossos dias é “a oração tem poder”, e mesmo fora dos meios cristãos vários autores tem mencionado e exaltado esse “poder”. Vejamos então uma oração descrita na bíblia e seus efeitos.

O Salmo 73 narra a oração de desabafo de Asafe, e tem um começo altamente deprimente, onde o salmista reconhece que quase caiu da presença do Senhor ao observar as conquistas dos ímpios, chegando a invejá-los. Enquanto estes gozavam do melhor da terra, Asafe diz que a cada manhã era afligido e castigado.

É interessante observar que a partir do verso 17 “até que entrei no santuário de Deus...” acontece uma virada na oração de Asafe, e o salmista começa a enxergar que o fim dos ímpios é a destruição, que não há vantagem alguma em ter os bens dessa terra quando o coração está longe do Senhor e mesmo quando esteve angustiado disse “estou sempre contigo” (v. 23).

No final do salmo, Asafe passa do desabafo ao louvor: “Quanto a mim, bom é estar junto de Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.” (v. 28).

Observemos que a oração de Asafe não o fez prosperar mais, nem o colocou em posições melhores que os ímpios, a oração de Asafe transformou o próprio salmista, que das lamúrias e desabafos passou a exaltação e louvor ao Deus Altíssimo.

A oração não tem poder algum, o poder todo está em Deus, e se a oração tem algum poder é o de transformar a nós mesmos, como Asafe, que reconheceu a grandeza de Deus, a sua dependência de Deus e que vale a pena continuar com o coração puro perante o Senhor, pois “Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (v. 26).

Podemos concluir então que desabafar perante Deus não é errado, assim como Jó e Jeremias também o fizeram, chegando até a amaldiçoar o próprio nascimento, mas que o Senhor espera mesmo é que sejamos sinceros em nossas preces, entrando na presença de Deus, como Asafe fez a nossa vida é transformada, nossos pensamentos são mudados, a paz e alegria que somente Deus pode dar invadem nossa afadigada alma e passamos a louvá-lo e glorificá-lo pelas suas maravilhas.

quinta-feira, junho 26, 2008

Do que a vida é feita.



Ricardo Gondim. (http://www.ricardogondim.com.br)

A vida é um caldo de dores e de alegrias – tem dias que o lamento excede a felicidade. Vivemos no aguardo do "dia mal", aquele, quando não sobram forças para soluçar – ninguém se engane, o "dia mal " é inexorável.

A vida é uma tensão constante entre bons e maus desempenhos – tem dias que nos envergonhamos dos nossos impulsos, da nossa ingenuidade e da nossa paixão desenfreada. Não passamos de “palhaços das perdidas ilusões, cheios dos guizos falsos da alegria andamos cantando a nossa fantasia entre as palmas febris dos corações”.

A vida é uma gangorra entre desejo e decepção – tem dias que as decepções revelam a ilusão dos nossos sonhos. Acordamos e a realidade nos esbofeteia.

A vida é uma guerra entre verdade e mentira – tem dias que nos encantamos com a mentira; depois choramos a nossa ingenuidade. Não contabilizamos a dor da utopia e somos angustiados com a perdição.

A vida é uma corrida entre o presente fugaz e o futuro incerto – tem dias que apostamos no porvir e perdemos. A ampulheta não pára e acabamos atropelados pelo pião do dia-a-dia, que esparrama o restinho da nossa dignidade.

A vida é uma negociação entre coração e razão – tem dias que o coração deixa a razão para trás e atola no areal da solidão. A pouca razão do amor é infantil; suas cartas, ridículas; seus apelos, inconseqüentes.

A vida é um equilíbrio entre céu e inferno – tem dias que incandescemos o hades porque desvalorizamos a inquietação alheia. Com vontade de encontrar a felicidade, desdenhamos a melancolia alheia e o pôr-do-sol da amada. O frio da madrugada egoísta gela toda a paixão.

Soli Deo Gloria.

terça-feira, junho 24, 2008

O porque do meu pranto.



Pranteio pelas milhares de pessoas que passam fome todos os dias, pelas incontáveis crianças que tem a inocência devastada por mortes e guerras, desabo em lágrimas todas as vezes que penso nos pequeninos maltratados e violentados por homens vis. Não posso conter as lágrimas quando vejo a dor do mundo.

Pranteio por causa de todos os desastres naturais, pelas vidas ceifadas de repente, por causa do agricultor que perdeu sua colheita, por causa do pequeno empresário que perdeu seu ganha-pão. Pranteio ainda por todas as atrocidades do homem com relação à natureza. Pela destruição da camada de ozônio, pela devastação da amazônia, pela extinção de animais que meus filhos nunca poderão conhecer.

Pranteio também pelas milhares de mães e crianças abandonadas por homens irresponsáveis, pelos milhões de órfãos que nascem todos os dias, por todos aqueles abandonados nas sarjetas e lixões, por todos aqueles que foram abortados antes de ver a luz do dia. Pranteio por todos os que nascem ou se tornam deficientes, levarão uma vida difícil.

Pranteio por todos os escravos e quase escravos, que se afadigam de um labor exagerado, são explorados até o limite de suas forças enquanto seus patrões andam de jatinhos e jet-skis. E depois de tanto trabalho ainda encaram filas e mais filas para receber um miserável sustento no fim da vida. É triste ver que os que mais trabalham ganham menos, e os atletas ganham fortunas - e todo mundo aplaude.

Pranteio porque os políticos são ladrões e insensíveis, veêm o povo sofrendo mas apenas importam-se com as suas necessidades. Gastam milhares consigo mesmos, com familiares, com amigos, e o povo passa fome e sofre. Pranteio porque esses vilões acham-se donos do mundo e porque estão acima da justiça.

Pranteio devido a igreja inerte e enfadonha que encheu esse mundo de si mesmo. Pastores e bispos que apascentam a si mesmos, pregam mentiras para o povo, animam os palcos, fazem mega-eventos e mega-shows, falam de evangelismo, falam de amor, mas são todos sepulcro caiado, mortos em si mesmos. Hipócritas, inventam regras e leis para controlar o povo, mas vivem acobertando seus pecados. Choro vendo que a missão da igreja de Cristo é esquecida.

Pranteio ainda porque enfiaram na nossa cabeça que ninguém é insubstituível, que todos somos iguais - igualmente medíocres. É de doer a alma ver que ninguém valoriza ninguém, que o objetivo de todo mundo é usar uns aos outros, seja para alcançar seus objetivos, seja para satisfazer suas necessidades. Usados e descartados somos todos os dias. Todo mundo é comum e igual, quando na verdade todos são especiais.

Pranteio mais ainda quando vejo que estou dentro desse sistema imundo, me despero quando vejo que estou me importando mais comigo do que com os outros, vejo meus problemas e dificuldades e esqueço dos milhões que estão sofrendo. O peso da responsabilidade deveria ser grande sobre nós.

O amor de todos está se esfriando.

Deus! Me ajuda a prantear! Me ajuda a clamar pelos teus pequeninos! Não deixe que eu me torne indiferente!

Pois eu bem sei que a tristeza pode durar uma noite, ou muitas noites, mas mesmo que seja apenas naquele Dia a alegria virá e ficará para sempre.

segunda-feira, junho 09, 2008

Lendo sem ler e escrevendo sem escrever.



Persevero na esperança do verso,
numa vida vivida em prosa,
tentando sempre ser um soneto.

Sufocado, às vezes, pela inerrante gramática,
debruço-me na melodiosa literatura,
e nela encontro o afago para a afadigada alma.

Consoantes e vogais, nem sempre sei usá-las.
Felizes são os que não usam palavras para ferir,
mas constróem frases que tocam o coração.

quinta-feira, junho 05, 2008

Destino



Quisera eu caminhar pelas ruas sem nome,
lá, onde não terei mais preocupações.
Aqui, preso a este corpo, penso:
Porque as simplicidades são tão complicadas?

Regras, leis, não e sim. Faça e não faça.
Canso-me de toda a hipocrisia.
Gostaria de viver... Ah meu Deus,
dá-me essa dádiva.

Não quero apenas os sonhos futuros,
quero o aqui e o agora.
Tão difícil é ser compreendido.
Nesse mundo, pareço estar destinado a carência.

segunda-feira, maio 19, 2008

Não



Álvaro de Campos

Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...

terça-feira, abril 15, 2008



Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.

As misericórdias do SENHOR são a
causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.

Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do SENHOR, e isso, em
silêncio.
Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade.

Assente-se solitário e fique em silêncio; porquanto esse jugo Deus
pôs sobre ele;
ponha a boca no pó; talvez ainda haja esperança. Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta. O Senhor não rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens.

Pisar debaixo dos pés a todos os presos da terra, perverter
o direito do homem perante o Altíssimo
, subverter ao homem no seu pleito, não o veria o Senhor? Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? Acaso, não procede do Altíssimo
tanto o mal como o bem
? Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados.

Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o SENHOR.

Lamentações de Jeremias 3:21-40

terça-feira, abril 01, 2008

1º de Abril, O dia da mentira ??



Heloísa Medina Dias

Não há sentido em se comemorar 1º de Abril como o dia da mentira, uma vez que ela é celebrada e aplaudida por todos, todos os diias. Mas não há problema não é mesmo?! Afinal, caráter e sinceridade nem são levados em conta atualmente !! Prá que dizer a verdade, se posso "distorcê-la" e me sair melhor? É assim que a grande maioria pensa ...Ah, mas é uma brincadeira! muitos diriam. Mas digo que infelizmente é uma "brincadeira" que espelha a realidade, não sei se somente do povo brasileiro, mas enfim, eu realmente gostaria de viver em um mundo onde todos os dias celebrassem a verdade e a justiça. Onde o caráter e a personalidade das pessoas valesse mais do que qualquer outra coisa. Num mundo onde a mentira fosse punida e não festejada. Mas enquanto esse mundo meu, idealizado, não existe ... Celebremos, junto com todos a mentira e a falsidade, o primeiro de abril que acontece todos os dias a todos os indtantes. A falta de caráter e o engano, comemoremos o mundo onde falta além de tudo, um único dia em que só falem a verdade !

Desabamento, dengue e corrupção.



Quem poderia imaginar a atual situação da capital financeira de nosso país? Como se não bastasse o recente desabamento do metrô, mais uma vez os cidadão vêem-se indefesos perante tamanha incompetência, que parece esperar uma tragédia maior para tomar providências. O absurdo é tanto que tem gente sentindo falta do Maluf...

E o que dizer da situação triste do Rio de Janeiro? Em pleno século XXI a população vê-se refém de uma epidemia sem controle, com ações atrasadas e fracas do governo. E o que é mais chocante é que uma doença relativamente fácil de se diagnosticar, com tratamentos amplamente divulgados ainda faça vítimas fatais numa cidade grande. É lastimável.

Enquanto isso governo e oposição batem de frente, discutindo o grande absurdo: quem é mais (ou menos) corrupto. Esse melindre sobre os cartões é só uma desculpa para as brigas políticas de um ano eleitoral. Em nenhum momento há verdadeiro interesse na verdade ou no bem estar da população.

É difícil ter esperanças mediante essas situações. Cercados estamos por governantes corruptos, que preocupam-se única e exclusivamente com seus interesses, desviam verbas de obras, nutrem o descaso pela saúde pública. Nunca interessados em investir na educação do povo, para que, obviamente, os mesmos continuem ignorantes e votando neles. Temos essa herança maldita da exploração portuguesa, a herança de tirar vantagem de toda e qualquer situação em benefício próprio. E isso não está só nos governantes, está no povo, que acomodou-se com isso, dando seu “jeitinho” pra tudo, mesmo que esse jeitinho não seja assim tão “legal”.

Esperamos que os governantes sejam honestos, sinceros, verdadeiros, mas como? Nós mesmos não o somos. Estamos cada vez mais atentos para nossos interesses.

Até mesmo os argentinos, que tantos brasileiros odeiam, saem em defesa de seu próximo. Como não ficar empolgado com o panelaço promovido em frente à Casa Rosada?

Mas nós continuamos aqui, sentados, inertes, querendo apenas saber quem vai ganhar 1 milhão no Big Brother.

quinta-feira, março 27, 2008

Olhai os lírios do campo



Como diria Salomão, tudo é vaidade. Cada vez mais tornamo-nos pessoas vaidosas, os valores estéticos falam cada vez mais alto. Somos consumidos pelo consumismo. Tornou-se tarefa difícil encontrar pessoas satisfeitas com aquilo que são, porque, de fato, são poucas as que tem consciência do que são. A grande maioria tem consciência do que tem, mesmo tendo pouco ou muito, sempre infelizes porque não alcançam tudo que querem, mesmo os que tem muito.

Meninas, moças e mulheres passam horas todos os dias diante de um espelho procurando a aparência ideal. Cada vez mais cedo procuram médicos para corrigir suas supostas imperfeiçoes. Os homens cada vez mais entram nesse mundo. Quem não precisa fazer academia hoje em dia?

A vaidade da aparência caiu como uma luva no capitalismo, não só pelos nichos de mercado, mas porque também criou a vaidade intelectual. Estudar a vida inteira, graduação, pós, mestrado, doutorado, cursos de inglês, espanhol, chinês, cursos de especialização. O que dizer dos meios de comunicação? TV, celular, internet, recebemos uma enxurrada de informações todos os dias. Estamos no ponto de que uma criança tem mais informações do que um idoso a 30 anos atrás. Será que isso tudo é realmente bom?

Nem a fé e a religião são mais alicerces para uma vida sadia, transformaram-se em meros instrumentos para aqueles que galgam o sucesso.

Acabamos ficando neuróticos quando falta-nos atividades. Não conseguimos mais aproveitar tardes e noites preguiçosas, se cochilamos estamos perdendo tempo que deveríamos investir em nossas outras valorosas tarefas.

Tornamo-nos escravos, não amigos, uns dos outros. Sempre preocupados no que pensarão, no que dirão, se estamos agradando, se não estamos. Nos frustramos porque é impossível agradar a todos sempre.

Não é de se espantar que nossos dias parecem tão curtos.

Fico pensativo sobre as palavras de Jesus, "olhai os lírios do campo", ou "não andeis ansiosos por coisa alguma" ou "basta a cada dia o seu próprio mal".

Diante disso quero tomar algumas resoluções, que visam manter minha saúde mental:

- NÃO vou me vestir conforme os seus padrões;
- NÃO vou viver conforme seu estilo de vida;
- NÃO vou me preocupar com todas as suas opiniões;
- NÃO vou me guiar somento por aquilo que você pensa;
- NÃO vou engolir tudo quanto é informação;
- NÃO vou ser seu escravo, quero ser seu amigo;
- NÃO vou usar a fé como ferramenta, mas como base pra vida.

e

- VOU olhar os lírios do campo, a beleza da criação;
- VOU me vestir da maneira que achar mais confortável;
- VOU me preocupar com as coisas de amanhã, amanhã;
- VOU esperar o tempo para todas as coisas;
- VOU me dedicar às pessoas, não às coisas;
- VOU descansar;
- VOU amar.

Eu poderia enumerar muitas outras coisas nessa lista, mas seria imensa, e acredito que o importante é tentar procurar o equilibrio em cada uma das nossas atitudes.

Quer olhar os lírios do campo comigo?

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Adeus Fidel. Será que sentiremos sua falta?



Começo dizendo que o Sr. Castro ainda não morreu, mas aos poucos sua figura no cenário político mundial perderá força, por isso o adeus pode ser algo prematuro, tendo em vista que suas opiniões e possíveis discursos ainda continuarão tendo um peso para o mundo enquanto estiver vivo.

Porém, sua força política, com a recente renúncia ao poder, foi bastante reduzida, o companheiro Fidel deixa de ser um articulador para apenas ser mais um influenciador nesse vasto mundo de ideais e idealizadores.

Eu nào sei dizer se o mundo sentirá a falta de sua força política, nem ao menos se isso será bom ou ruim, para Cuba e para o globo terrestre. O que sei é que poucos realmente conhecem a Revolução idealizada por Fidel, poucos conhecem de fato sua história, poucos tentam compreender a mente de um homem que por vezes pode soar como um gênio e tantas outras vezes como um louco.

O que posso imaginar é que Cuba, talvez, torne-se um país mais livre, menos totalitário e até mesmo capaz de abandonar o socialismo (isso, obviamente, daqui um bom tempo e também não sei se isso é bom). Também imagino que para o presidente Bush e para os EUA, uma pedra no sapato foi removida, pois são poucas as vozes de peso que tem coragem de afrontar os interesses do império norte-americano como a de Fidel. Já imagino os banquetes e festas que a Casa Branca tem vivido desde o anúncio de sua saída.

Seguindo os passos de quase todas as grandes figuras históricas, Fidel Castro não deixa um líder à sua altura, tendo em vista que seu irmão Raúl Castro parece-me tímido e acanhando em assumir o poder, e isso me parece um grande precedente para uma mudança nas próximas eleições.

O companheiro Lula deve estar-se sentindo um tanto quanto desamparado pois desde meados dos anos 80 mantém boas relações com o ex-presidente cubano. E isso também sentirão Chavez e Morales da vida.

Talvez a saída de Fidel signifique a possibilidade de uma maior abertura para o turismo cubano, um precedente para uma liberdade religiosa maior. Com relação a isso temos motivos para estarmos felizes com a possível situação.

Pode parecer ridículo, considerando as loucuras do ex-chefe cubano, mas sentirei falta de sua influência. Sentirei falta de alguém apontando os erros norte-americanos e afrontando, sem medo, seu domínio. Mas fico feliz em imaginar que os irmãos de Cuba terão mais liberdade.

O mundo sentirá falta de Fidel? Eu não sei, sei que eu sentirei. E isso não quer dizer que achei ruim sua saída.

Viva La Revolución!
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