Assine a
Newsletter
Semanal

Nome
Email

Receba
Atualizações
Diárias

Email
Inscreva-se

quarta-feira, agosto 29, 2007

Amor ao próximo ou ao ministério?



É imprescindível que um verdadeiro cristão participe dos ministérios da igreja.

Quem disse isso, o homem ou Deus?

Embora seja algo comum, e consideremos coisas louváveis dentro das nossas comunidades evangélicas, o amor aos ministérios tem se tornado o veneno da espiritualidade cristã.

Calma, explico.

As ocupações nos ministérios, muitas vezes, tem servido como alívio de consciência das pessoas em relação ao seu "compromisso" com Deus. Comparecer a uma ou duas reuniões na igreja durante a semana, participar de um ou dois ministérios, e... é isso. As justificativas são, às vezes, até louváveis. "Deus me chamou para isso", "Esse ministério leva as pessoas à presença de Deus" ou "Estamos alcançando as pessoas com esse ministério". Porém como diz o ditado, "nem tudo que reluz é ouro" e contrariando o pensamento maquiavélico de que "os fins justificam os meios" é necessário alertar a igreja sobre esse ativismo, que nada tem a ver com espiritualidade genuína, mas com um modelo de igreja que não é bíblico e está gradativamente levando as pessoas a uma robotização de comportamento.

O evangelho do Reino de Deus nunca foi relacionado a uma instituição física, mas tinha - e tem - a sua base no amor. Amor a quem? A Deus e ao próximo. Alguns afirmarão que os vários ministérios de nossas comunidades estão demonstrando o amor das pessoas. De fato, demonstram isso mesmo, mas a cada dia que passa estão mais longe do amor a Deus e ao próximo. As pessoas tem amado seus ministérios, tem amado seus dons, talentos e chamados, tem amado o sucesso que alcançam.

A constatação de que isso tem se tornado um veneno para a espiritualidade é que cada vez menos as pessoas tem dado importância para suas práticas - que deveriam ser diárias - como ler a bíblia, orar, meditar na Palavra, jejuar, mas em compensação são fiéis com seus compromissos igrejísticos. Não são poucas as pessoas, que tem atividades na igreja e com as quais já conversei, que lamentam-se de que tem encontrado dificuldade nas suas práticas devocionais. Mas apesar disso precisam mostrar-se sólidos como rocha perante os outros, acabando por exprimir uma espiritualidade que não vivem e colocando um jugo sobre as pessoas para que busquem o mesmo "brilho".

Esse amor aos ministérios tem envenenado de tal forma o cristianismo, que muitas vezes pessoas ocupam cargos e tarefas nas igrejas mas de forma alguma relacionam-se com seus irmãos. E isso acontece desde as maiores igrejas até as menores. Acabamos tornando-nos profissionais da fé. Pastores, professores, obreiros, tesoureiros, secretários, ministros, cada um com seu título, mas poucos alegrando-se com os que se alegram e chorando com os que choram. São poucos os que visitam seus irmãos informalmente, são poucos os que "perdem" horas conversando com pessoas que compartilham a mesma fé e que adoram a Deus no mesmo lugar, são pouquíssimos os que estendem a mão quando alguém está precisando. Enfim, são poucos os que verdadeiramente amam.

Não foi assim que Cristo nos ensinou, ao contrário, ele quebrou o sistema religioso caduco e arcaico dos judeus, quebrou paradigmas e preconceitos para estar próximo dos doentes, reprimiu e esbravejou contra os religiosos, anunciou a mensagem do arrependimento e do Reino. Desgastou-se ensinando num monte, na beira de um poço, num barco, nas sinagogas, nas casas, nas catacumbas. Ele verdadeiramente amou.

E esse mesmo Cristo nos ensina que não há amor maior do que dar a vida pelos seus amigos.

Precisamos acabar com o pensamento de carreira ministerial passarmos a enxergar as pessoas com a compaixão do Mestre.

sábado, agosto 25, 2007

Enquanto isso os idiotas marcham



O que uma marcha pode representar de bom? Se considerarmos a história houveram marchas pelos motivos mais absurdos possíveis. Basta lembrarmos de Hitler e a grande mobilização da Alemanha em favor do movimento nazista. O que dizer das marchas religiosas? Desde que o mundo é mundo as pessoas marcham pelos seus ideais religiosos, porém nem sempre racionalmente. As marchas religiosas muitas vezes envolveram guerra e sangue, mortes e ódio. A bíblia descreve algumas marchas, aquela feita contra o sacerdócio de Arão - quando seu bordão floresce e os que se levantaram contra são exterminados por Deus, a que foi feita pelos mesmos descendentes de Arão contra Jesus, o Cristo, as sucessivas marchas feitas contra os cristãos até o século IV, as marchas contra o domínio do catolicismo, que com a Reforma levou muitos à morte, e hoje ainda vemos marchas, algumas que servem ao propósito de dividir igrejas, como recentemente fizeram na igreja Betesda no nordeste, que externamente tinha aparência de santidade por uma sã doutrina, mas que sem dúvida ocorreu por motivos excusos de interesse político e conquista de poder, e as marchas que são ditas em nome de Jesus patrocinadas pela igreja do apóstolo e da bispa contraventores.

Isso nos leva a pensar... qual a marcha que Jesus esperaria de nós? A resposta, obviamente está na bíblia. "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, vós também vos deveis amar uns aos outros. É por isto que todos saberão que sois Meus discípulos" (Jo 13, 34-35) e "Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me." Mateus 25:34-36.

Certamente Jesus não espera que saiamos as ruas com faixas na cabeça, nem com gritos de ordem, nem com shows, mas sim demonstrando o amor de Deus para com todos. A fé que Deus espera do homem nunca foi apenas de aparência, mas de atos de amor. Tiago em sua epístola deixa muito clara a mensagem da fé através das obras.

A verdade é que as marchas, com objetivos distorcidos ou legítimos, sempre tem seus orquestradores, e na maioria das vezes são apenas baderneiros que querem mostrar um certo grau de poder e domínio sobre o povo, assim como o apóstolo contraventor tenta demonstrar com essas sucessivas marchas.

O mundo está sofrendo, a nação é assolada por escândalos - até mesmo dos ditos evangélicos - fome, violência, morte, corrupção.

Enquanto isso os idiotas marcham.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Buscas



A loucura da pregação me atingiu, me afetou,
percebi que meu pensamento é mutante.
Tento definir o indefinível, tento falar o que não sei.

Corro contra a marcha,
nado contra a maré.

Deus me fez filho, abri mão dos privilégios.
Quero viver como todos vivem, nada mais.
Único privilégio que não abro mão é o da Graça.

Estou buscando a humildade,
isso é alcançável?

Sujeito-me as coisas que já não acredito, nem valorizo.
Justifico isso com o amor, acho bem justificado.
Mas daqui pra frente buscarei coisas mais superiores.

Apesar do que sinto, e penso, e vivo,
devo cumprir o objetivo da minha cruz.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Uma releitura de Malaquias, o profeta incompreendido pela Igreja - Parte 4



Do castigo

“Agora, ó sacerdotes, para vós outros é este mandamento. Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bençãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.”
Malaquias 2:1-2

Como vimos anteriormente, Deus, começa o tratamento com a nação de Israel a partir dos sacerdotes. Vimos que as ofertas e sacrifícios dos sacerdotes haviam transformado-se em atos desprezíveis perante Deus, visto que não respeitaram os estatutos e normas do Senhor com relação a aliança estabelecida com os descendentes de Levi.

Deus dá uma ordem expressa agora aos sacerdotes, que passem a honrá-Lo com seus sacrifícios e que parem de desviar o povo dos caminhos do Eterno. No verso 8 do mesmo capítulo o Senhor mostra que o pecado dos sacerdotes acaba refletindo no povo, que seguem seu mal exemplo e acabam desviando-se do Seu caminho.

Vemos no verso 7 como a tarefa de um sacerdote é de enorme responsabilidade, pois diz assim “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos”. Que tamanha tarefa os sacerdotes tinham em mãos! Ser mensageiro do Senhor. Observamos que os sacerdotes estavam tratando esta função com desleixo perante o povo, daí a fúria do Senhor contra eles.

O castigo desses sacerdotes, caso não arrependam-se dos maus caminhos que tem trilhado, é a vergonha. Tanto eles quanto seus sacrifícios, e até mesmo sua descendência seriam feitos como excremento perante o Senhor. É, para nós, até difícil imaginar quão irado o Senhor estava com essa situação a ponto de considerar tudo quanto os sacerdotes porventura fizessem como excremento.

Porém, por amor ao seu servo Levi, que foi reto em todos os seus caminhos, o Senhor dá ainda uma chance de arrependimento aos sacerdotes. Nisso o Senhor como no princípio da profecia de Malaquias mostra o seu amor para com o povo.

Para nós, como igreja, tiramos algumas lições importantes desse castigo que o Senhor promete aos sacerdotes. Como vimos no texto anterior, o Senhor nos fez sacerdotes, todos os salvos, e o sacrifício a ser oferecido somos nós mesmos. Obviamente não vivemos a aliança de Israel, nem a aliança feita com Levi, mas os preceitos do Senhor continuam os mesmos. Precisamos oferecer sacrifícios santos ao Senhor, nossa vida entregue em seu altar todos os dias, carregando nossa cruz – isso é agradável ao Senhor. Ainda sobre nós, sacerdotes, existe o peso de sermos mensageiros do Senhor, que é ao mesmo tempo uma dádiva e uma grande responsabilidade. Dádiva pois os próprios anjos desejam anunciar a Cristo, mas esse presente foi dado a nós, exclusivamente, por Deus. E temos a responsabilidade de ensinar a verdade, para que não nos tornemos indignos e desprezíveis perante os homens.

Atualmente vemos que muitos estão caminhando para esse terrível castigo do Senhor, seus sacrifícios no altar Dele tem sido imundos, porque tem ensinado mentiras como a mensagem de Deus. É claro que o trato é diferente, o próprio julgamento será de outra forma, mas ele vem. Pois naquele grande e terrível dia muitos virão até o Senhor dizendo que profetizaram e fizeram maravilhas em Seu nome, mas serão apartados da presença Dele pois continuamente praticaram a iniquidade sem arrependimento.

Como sacerdotes do Altíssimo necessitamos purificar as nossas vestes, santificar nossos altares, se necessário nos vestirmos com pano-de-saco, jogarmos pó de cinza na cabeça, para que sejamos encontrados santos na presença do Autor e Consumador da nossa fé. Precisamos harmonizar nossos belos discursos com nossos atos. Precisamos ensinar e viver a verdade.

Graças a Deus pela sua maravilhosa graça, pela sua eterna misericórdia, pelo sangue de Cristo que nos purifica e pela justificação que nos torna dignos de entrarmos no Santo dos Santos!

quarta-feira, agosto 15, 2007

A religião de Deus e a religião dos homens




Estou em crise. Confesso a minha neurose em busca da verdadeira religião. Já não suporto a forma que vivo. Já não suporto diariamente ver valores distorcidos sendo pregados como a religião de Deus. Meus ouvidos doem quando ouço músicas que exaltam as necessidades dos homens e não a Soberania de Deus. Não consigo ficar indiferente às atrocidades cometidas em nome de Deus. Não posso mais conviver com a hipocrisia. Me entrego, não consigo mais dissimular meus sentimentos. Quando estou triste, choro. Quando estou alegre, sorrio. Quando meu irmão chora, eu choro com ele. Quando o mundo pranteia, lá estou derramando lágrimas. Quando se alegram em minha volta, faço desse o meu sorriso. Quando vejo a beleza da criação, meu coração enche-se de gozo.

Mas a religião dos homens proibe tudo isso. Ela demanda um relacionamento desumano com Deus, e ao mesmo tempo é condescendente com os hipócritas e mentirosos. A religião dos homens exalta os soberbos, eleva os altivos, congratula os eloqüentes e carismáticos, dá voz aos mentirosos. A religião dos homens é cercada de regras e leis, criadas pelos próprios homens, e isso transforma-se na religião, ela tem seus templos suntuosos, tem seus sacerdotes, tem seus músicos e seus pregadores. A religião dos homens faz sucesso porque ela promove o sucesso. Os tesouros da religião do homens são acumulados aqui mesmo na terra. Até mesmo suas atividades piedosas são apenas por princípios devassos de causa e efeito em si própria. A religião dos homens elimina Deus.

A religião de Deus é totalmente diferente. Ela dá voz aos Barnabés, que são filhos da consolação, ela exalta os humildes, condena e censura os hipócritas e mentirosos, A religião de Deus nos ensina a controlar nossa língua, pequeno instrumento que contamina todo o corpo. A religião de Deus não é feita de aparências, ela transforma o mais íntimo do ser humano. Ela não tem regras e leis por si só, mas tem a graça de Cristo, ela nos conduz ao leve e suave fardo de Jesus. A religião de Deus não é baseada em construções e organizações humanas, mas tem o Cabeça, que é Cristo, é a religião que não está restrita a um edifício, mas se alastra pelo mundo até as portas do inferno. A religião de Deus não é voltada em nenhum momento para o sucesso terreno, mas acumula tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não chegam. A religião de Deus ensina obras piedosas, onde a motivação é única e simplesmente o amor, e amor sacrificial. A religião de Deus conduz o homem de volta ao Criador.

Anseio estar, o tempo todo, re-ligado a Deus, não viver a falsa ilusão da religião dos homens.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Eu sei, mas não devia.



Marina Colasanti


Eu sei que a gente se acostuma.

Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.



Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

O texto acima é mais uma colaboração de Francisco Panizo Beceiro, extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

Salmo 139



Senhor, tu me sondas, e me conheces.

Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.

Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos.

Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.

Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão.

Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir.

Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?

Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também.

Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.

Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda; nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.

Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe.

Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.

Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra.

Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.

E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!

Se eu os contasse, seriam mais numerosos do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.

Oxalá que matasses o perverso, ó Deus, e que os homens sanguinários se apartassem de mim, homens que se rebelam contra ti, e contra ti se levantam para o mal.

Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam? e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?

Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos.

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno.

Estou do lado.



Estou do lado dos que defendem a verdade, e que estão dispostos a pagar qualquer preço por ela.
Estou do lado dos que não se contaminam com a própria língua, mas usam-na para verter águas cristalinas.
Estou do lado dos honestos, daqueles que mesmo num mundo caído preferem o que é correto.
Estou do lado dos sinceros, porque o mundo é cheio de hipócritas e são poucos os que vivem de forma coerente com o que falam.
Estou do lado dos arrependidos, pois estes sabem quem são, quais são os seus defeitos e sabem que precisam melhorar.
Estou do lado dos justos, que agem conforme o proceder de cada um e não são movidos por falsos testemunhos.
Estou do lado dos que jogam limpo, pois estes tem coragem de dizer o que pensam olhando nos meus olhos.
Estou do lado servos, que aprenderam seu humilde lugar e não criam estratégias pra chegar ao topo.
Estou do lado dos que se alegram, porque a sua alegria também é a minha.
Estou do lado dos que choram, porque sinto a sua tristeza.
Estou do lado dos maduros, pois já deixaram o leite de lado e procuram comportar-se de forma digna.
Estou do lado das crianças, porque a sua ingenuidade me ensina - mas não me leva a agir irresponsavelmente.
Estou do lado dos que me amam, pois estes foram os dispostos a pagar um preço pra estar comigo, não são interesseiros.
Estou do lado dos que amam, porque aprenderam a entregar-se de corpo e alma naquilo que devem fazer e possuem o olhar terno com o seu próximo.
Estou do lado dos que são de Deus, assim aprenderei a ter todas as qualdades acima e também ensinarei o que já sei delas.
Estou do lado dos doentes, porque precisam do conforto de Deus.

terça-feira, agosto 07, 2007

Como lidamos com a teologia




Calvino, Arminio, Wesley, Zwinglio, Spurgeon, Agostinho, homens claramente inspirados por Deus que desenvolveram pensamentos teológicos complexos e que hoje ainda nos ajudam a entender as Escrituras. Durante muito tempo do meu cristianismo somente a teologia desses homens me tocava profundamente, e ainda tocam - ainda bebo dessas maravilhosas águas. Porém hoje estou convencido de que, como meros seres humanos, batemos a cabeça na parede tentando entender a Bíblia e a vida com os olhos de Deus. Nos colocamos num patamar deveras alto, supostamente entendedores da ciência divina. Conseguimos chegar a conclusões sobre questões bíblicas complicadas, como se nossa mente fosse exatamente a mesma do Criador. Temos nossas linhas teologicas e acabamos por defendê-las com unhas e dentes. Calvinistas, Arminianos, Wesleyanos, Pré-milenaristas, Pós-milenaristas, dispensacionalistas... e por aí vai.

Hoje tenho aprendido a enxergar a teologia com meus olhos humanos. Não mais me coloco na posição de Deus, sinceramente, cansei de tentar explicar o inexplicável. Não mais explico porque Deus mandava matar mulheres e crianças no Antigo Testamento, nem desejo formatar a cabeça de alguém com um livre-arbítrio que é superior a Soberania de Deus, muito menos digo que Deus já predestinou toda a história da humanidade. Definitivamente não sei como Deus enxerga seu relacionamento com o homem, mas sei plenamente como deve ser meu relacionamento para com Ele - é disso que as Escrituras se encarregam de informar. Sei que sou pecador, carente da graça e misericórdia de Deus, sei que Jesus Cristo pagou por meus pecados na cruz, sei que vou para o céu.

Confesso que depois desse aprendizado a leitura bíblica até me parece mais leve. As pregações e textos fluem com mais naturalidade e meu relacionamento com Deus é mais honesto.

Aqui, publicamente, agradeço aos homens que me tem influenciado para isso: Ricardo Gondim, Caio Fábio, Philip Yancey, Ed René Kivitz e vários outros.

Colocar-me no meu humilde lugar me ajudou a ver a grandeza de Deus.

"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Romanos 11:33-36

sexta-feira, agosto 03, 2007

Salmo 23



O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.

Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.

Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.

Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre.

Escrevo




Já menti dizendo que escrever é um exercício devocional, embora não seja de todo mentira, também escrevo para isso. Não escrevo pensando em popularidade. Não escrevo pensando em ser escritor. Não escrevo porque suponho ter algo novo para dizer ao mundo. Não escrevo para que saibam como estou. Não escrevo simplesmente porque gosto. Não escrevo por escrever. Embora sejam elementos válidos quando escrevo.

Escrevo porque sou só. Escrevo porque muitas angústias da minha alma não se calam. Escrevo porque perco noites em claro. Escrevo porque o mundo me é incompreensível. Escrevo porque não vejo outra saída. Escrevo, enfim, para aliviar a dor. Algum poeta já disse que escrever abrandava sua loucura. Sim, escrever também abranda a minha. Escrever dá a sensação de um ouvido amigo. Escrever dá a sensação de não ser reprovado por se expor. Escrever trás liberdade.

Não tenho mais os lampejos poéticos de outrora, nem ao menos consigo fazer rimas que não soem ridículas. Os escritos tornaram-se técnicos. Porém não desejo voltar atrás em nenhuma palavra escrita, nem ao menos me arrependo delas. Todas saíram diretamente da minha alma. Não me envergonho dos escritos antigos e bobos, nem dos novos e tolos. Tudo expressa o que senti, sinto e sentirei.

Deus não me privilegiou com criatividade, nem mesmo com grande eloquência - falada e escrita - mas me deu uma grande compreensão de mundo. Ouso dizer que às vezes sinto como Ele sente. Sinto o mundo que geme à minha porta, sinto a tristeza dos aflitos e deprimidos, sinto a exclusão dos excluídos, sinto a dor da perda de alguém.

Meu coração não consegue olhar pra injustiça e não se entristecer... Também não pode presenciar a dor e permanecer apático, nem ao menos consegue olhar os acusadores sem ternura.

Quem me vê nunca imagina uma vida sofrida. Órfão de pai vivo, distante de mãe presente. Criado nos moldes religiosos opressivos e distantes de Cristo. Família humilde. Cheio de exemplos a não serem imitados. Arrastado de um lado para outro como peregrino.

Hoje só posso atribuir o que tenho e o que sou a Deus. Nada provêm de esforço próprio, nada foi herdado. Simplesmente não compreendo como Ele olhou e me escolheu.

Tento retribuir com o mínimo requerido, mas até o mínimo é doloroso. Ser tantas vezes incompreendido, ser julgado, ser menosprezado.

Não sei se deveria, mas continuo escrevendo. Terrível vício que me acompanha desde a infância. Talvez seja reflexo de uma necessidade de exilar-se, sim escrever é meu exílio.

Aprendi a lidar com as decepções. Ter decepções já não me abalam. Faço o máximo e exijo nada. Menos que nada. Posso ser desprezado e perseguido por aqueles que ajudei, isso não influencia na minha fé. Fico triste, sou humano. Mas ainda consigo orar em favor dos que me decepcionam.

Em contrapartida existem aqueles que permanecem fiéis e amigos - são poucos - mas permanecem.

Escrever é uma boa terapia para mim, não gosto de sobrecarregar os fiéis amigos com tanta ladainha.

Depois de tantas palavras, sinto-me melhor. O efeito é curto, mas talvez consiga tempo para dormir.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Réquiem.



Ricardo Gondim.

Meu sol, envergonhado, sujeitou-se às sombras; minhas nuvens, tristes, encolheram-se no horizonte; meu dia, em posição fetal, chorou sangue.

Rasgo minhas vestes, espalho cinzas sobre minha calva e peço às carpideiras que chorem por mim. Sou molambo de sangue menstrual, um lixo infectado, mero fósforo riscado.

Tenho um lamento que sufoca o riso, um pranto que vira grito e uma angústia que estreita as paredes de meu caminho. Sou uma orquestra que só toca Réquiens, um beco úmido de tristezas, um prado esburacado pelas decepções.

Convenci-me de que a trapaça prevaleceu no jogo e eu perdi a partida. Mesmo peregrino, já abandonei todos os sonhos juvenis na beira da estrada. Fui soldado, mas perdi a baioneta e resta-me agachar na trincheira. Sonhei em ser artista, mas despedaçaram o piano que agora acende a fogueira que me devora. Vi-me profeta, mas só desejo uma caverna para me esconder.

Minha cidade cospe em meu rosto, meus conterrâneos conspiram contra mim, meus patrícios me tratam como estrangeiro. Condenei-me a ser um seixo que a vaga despreza, um garrancho estorricado da caatinga, um triste coveiro que volta para casa depois de sua labuta inglória.

Minha aldeia está deserta. Rapinaram minha casa, saquearam meu claustro, invadiram minha alcova. Tento amealhar qualquer rescaldo e só encontro tições frios. Procuro recompor o cenário de paz e me perco na bagunça que se espalhou por todos os cômodos.

Minha escrita perdeu o ritmo. Solaparam minha poesia. Meu texto parece um amontoado de tábuas no quintal da serraria. Percebo um franzir de sobrolhos por detrás de meus ombros e, tímido, escrevo platitude. Sou um Galileu Galilei sempre retrocedendo no que acredito, nervoso com a patrulha inclemente da religião.

Sou tentado como Jonas a embarcar rumo a Tarsis -perdi o medo do grande peixe. Parceiro de Davi, tenho vontade de afundar minha cama no Hades e de fazer das trevas um lençol. À semelhança de Elias, fujo sem receio de parecer covarde diante das ameaças vazias de uma rainha doida.

Caia eu em tuas mãos, ó Misericordioso Deus. Mas poupa-me do inferno que me rodeia, pois minha esperança é o Senhor.

Soli Deo Gloria.

Uma releitura de Malaquias, o profeta incompreendido pela igreja - Parte 3



Do sacerdócio

“O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? - diz o Senhor dos exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do Senhor é desprezível. Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador, acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? - diz o Senhor dos exércitos. Agora pois suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? - diz o Senhor dos exércitos.” Malaquias 1:6-9

A profecia dada por intermédio de Malaquias à nação de Israel começa a tomar a forma de uma severa repreensão do Senhor. Como vimos no artigo anterior Deus mostra o desprezo do povo ao Seu terno amor, e agora parece começar a abrir o leque de iniquidades da nação.

Interessante notarmos como Deus começa as suas repreensões pelo “clero” dos judeus, Ele bate de frente com os sacerdotes, os que deveriam ser exemplo de devoção e dedicação ao Senhor, visto que só tinham essa tarefa no meio do povo, são os mais desleixados com as ordenanças dadas por Deus. Veremos que até a metade do capítulo 2, o Senhor ainda dedica seu tratamento aos sacerdotes, claramente contrariado por um comportamento vil e mesquinho dos seus obreiros.

As ordens de Deus com relação aos sacrifícios e ofertas foram totalmente claras, e podemos vê-las no Pentateuco, em especial Levítico, que trata minuciosamente das leis cerimoniais exigidas por Deus. Todo sacrifício deveria ser perfeito, com alimentos e animais perfeitos, sem defeito e sem mancha. Isto era requerido do povo para que através disto o Senhor os ensinasse que Ele é santo, que é puro de olhos, que não aceita uma meia aliança. Deus entra com seu infindo amor, porém espera uma contrapartida de comprometimento.

Neste momento fica claro que o problema não está no amor de Deus, como ouvia-se na boca do povo “Em que nos tem amado?”, mas sim no próprio povo, que entregou-se a um sentimento pecaminoso, desprezando o Senhor, suas leis e seus estatutos, preferindo assim viver uma vida da sua maneira e acabando assim por pagar pelo preço dos seus erros.

Embora o sacrifício vicário de Cristo, santo e definitivo, seja totalmente eficaz sobre nós, a Igreja, ainda assim Deus permanece o mesmo. Como pai deseja ser honrado por nós e como Senhor espera nosso profundo respeito e reverência. Não mais precisamos oferecer animais, porém o cristianismo vai muito além, o sacrifício deve ser nós mesmos. “Rogo-vos, pois, irmãos; pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1). E não mais temos um “clero”, isto é, sacerdotes intermediando nossa relação com Deus mas “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz;” (I Pe 2:9).

É fabuloso notar nos textos de Malaquias, Paulo e Pedro que o relacionamento que Deus deseja conosco continua sendo o mesmo. Embora não sejamos a nação de Israel, somos a Igreja de Cristo, não temos sacerdotes, porém nós somos os sacerdotes, não oferecemos sacrifícios de animais, mas oferecemos nós mesmos como sacrifício vivo.

Aqui pausamos a análise desse momento da profecia para nos voltarmos ao assunto original dessa sequência de artigos, a incompreensão da Igreja de Cristo com relação ao profeta Malaquias e as profecias de Deus. Observemos que embora a palavra tenha sido dirigida ao povo de Israel, podemos contextualizá-la com a Igreja, não de qualquer forma, mas embasando os argumentos na relação de verdades bíblicas contidas nos textos do Novo Testamento. Seguidamente as igrejas evangélicas tem experimentado fórmulas bíblicas miraculosas baseando-se única e exclusivamente em promessas e palavras de Deus que originalmente foram direcionadas à nação de Israel. Com isso criamos frustração e jugo sobre as pessoas que acabam seguindo essas interpretações errôneas e deturpadas das Escrituras. Há necessidade de que os líderes cristãos estudem mais a bíblia, desliguem-se de tradições humanas e procurem através do Espírito Santo enxergar a Palavra de Deus para Sua Igreja.

Voltando à nossa análise, e aplicando a repreensão do Senhor à nossa condição de ramo enxertado, vemos que como sacerdotes não podemos nos portar de qualquer maneira perante Ele, e por muitas vezes confundimos isso com estar nos edifícios que chamamos de igreja, confundimos em desempenhar um papel em determinado ministério, ou mesmo confundimos com ordenanças de homens. Assim como Jesus disse que o adultério não consiste no ato sexual em si, mas na concepção mental de tal pecado – uma clara extensão da lei – também nós, sacerdotes de Deus, não podemos viver uma vida devassa, desprezando o Espírito Santo que vivem em nós, agindo feito meninos na Sua presença, mas considerando que o sacrifício que o Senhor exige é contínuo, que a nossa vida deve ser um eterno culto ao Criador, devemos ser impelidos a aproximarmos nossa imagem à de Seu filho, devemos buscar sermos santos como Ele é santo. Do contrário estaremos como os sacerdotes de Israel, por nossos atos mostramos que a mesa do Senhor é imunda e desprezível, cogitando em nossa mente que por que temos a graça Dele podemos torná-lo co-participante de nossas más obras, e por vezes mostrando que o povo que não é igreja tem mais respeito por Deus do que nós.

Até quando ofereceremos nossas vidas como um sacrifício imundo perante Deus? Até quando não o respeitaremos como nossa Pai e Senhor? Precisaremos que Ele mostre o qual terrível é entre todas as nações? Continuaremos oferecendo sacrifícios melhores aos nossos superiores do que a Deus?

Que nosso Pai e Senhor nos corrija para que escapemos da condenação!
Related Posts with Thumbnails